
Catar choca o mundo: Ataque de Israel revela fraquezas da proteção americana no Oriente Médio!
2025-09-13
Autor: João
O Catar, um pequeno porém estratégico aliado dos EUA, foi surpreendido por um ataque israelense que expôs limitações alarmantes na proteção americana no Oriente Médio.
Por meses, o país do Golfo Pérsico se sentiu à sombra do apoio dos Estados Unidos, especialmente após receber o ex-presidente Donald Trump em uma visita rápida, cheia de pompa e acordos milionários. Contudo, a aparente imunidade do Catar foi severamente abalada.
O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, teve um encontro decisivo com o negociador do Hamas, Khalil Al-Hayya, na busca de um cessar-fogo mediado pelos EUA. No entanto, momentos antes de uma resposta esperada, jatos israelenses bombardearam Doha, causando a morte de membros do Hamas e um oficial de segurança catarense.
A indignação é palpável na capital do Catar. Em uma entrevista à CNN, Jassim Al-Thani descreveu o ataque como "terrorismo de Estado" e adverte Netanyahu de que "acabou qualquer esperança" de um acordo sobre os reféns e a paz.
Além disso, o primeiro-ministro exigições que Netanyahu seja "levado à justiça" por suas ações que, segundo ele, violam "todas as leis internacionais".
Surpreendentemente, o Catar, sem laços diplomáticos com Israel, buscou atuar como mediador, uma atitude elogiada por Trump, que reconheceu os riscos que Doha assumiu.
E não para por aí: em junho, o Catar foi alvo de um ataque por parte do Irã, numa represália aos EUA, que reforçou a preocupação sobre a segurança do país na região.
Um alerta para o Oriente Médio!
Este ataque não é apenas um capitulo isolado; ele acende um alerta nas nações do Golfo que, por anos, sustentaram relações próximas com os EUA.
Analistas agora questionam os benefícios dessa aliança, como HA Hellyer do Carnegie Endowment, que sugere que os países da região devem se perguntar como se protegerem sozinhos diante de uma possível falta de apoio.
A confiança entre os EUA e seus aliados do Golfo já foi afetada, e a incerteza paira sobre as garantias feitas por Washington.
A questão agora é: como isso impactará os esforços de mediação futuros?
Enquanto o Catar ainda mantém suas portas abertas para diálogos de paz, a realidade é que as negociações estão em um estado crítico após o recente ataque israelense.
Hasan Alhasan, pesquisador sênior de Política do Oriente Médio, afirma que o risco é elevado e poucos países estão dispostos a assumir tais riscos em troca de um papel mediador.
Historicamente, Catar e Egito têm sido mediadores entre Israel e Hamas, enquanto Omã e Emirados Árabes Unidos facilitaram acordos de prisioneiros e negociações diversas. A expectativa recai sobre como líderes da região reagirão à aparente impotência dos EUA.
A crença predominante de que Israel busca sabotar negociações de paz foi reafirmada pelos ataques mais recentes, colocando em evidência um cenário cada vez mais complicado no Oriente Médio.