Cássia Kis se torna ré por declarações homofóbicas: entenda a polêmica que abalou o Brasil!
2024-10-25
Autor: Maria
A atriz Cássia Kis, conhecida por seus papéis em novelas da Globo, está no centro de uma controversa ação judicial após declarações consideradas homofóbicas durante uma entrevista em 2022. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e tornou a artista ré, podendo enfrentar uma multa que pode chegar a até R$ 1 milhão.
A ação foi movida pelo coletivo Antra (Articulação Nacional dos Transexuais) e pelo ator José de Abreu, que é pai de uma mulher trans de 23 anos. A raiva e a indignação geradas pelas falas de Cássia surgiram após a atriz criticar relações homoafetivas, sugerindo em uma entrevista à jornalista Leda Nagle que elas estariam "destruindo a família".
Durante a entrevista, Cássia afirmou: "Não existe mais o homem e a mulher, mas mulher com mulher e homem com homem. Essa ideologia de gênero que já está nas escolas... Estou recebendo imagens inacreditáveis de crianças de 6, 7 anos se beijando, onde há inclusive um espaço chamado 'beijódromo', ou algo assim." Essas afirmações, desprovidas de evidências concretas, provocaram reações furiosas nas redes sociais e entre ativistas dos direitos humanos.
A atriz retrucou suas declarações ao afirmar que esse movimento visa "destruir a família" e, indo além, insinuou que relações homoafetivas comprometem a continuidade da espécie, dizendo: "Homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?" Essa retórica gerou um intenso debate sobre os impactos da homofobia e da desinformação em nossa sociedade, especialmente em um momento em que questões de identidade de gênero estão ganhando mais espaço na discussão pública.
Segundo o colunista Gabriel Vaquer, a ação civil pública foi apenas uma das três sugestões que foram protocoladas em 2022; apenas uma foi aceita recentemente pela Justiça Federal, sob a análise do juiz Mauro Luis Rocha Lopes.
Para complicar ainda mais a situação de Cássia, ela também é alvo de outro processo movido pelo Grupo Arco-Íris, uma ONG que trabalha pela defesa dos direitos da população LGBTQIA+. Neste caso, a organização está pedindo uma indenização coletiva de R$ 250 mil, a ser usada em programas de combate à LGBTfobia na cultura.
A repercussão desse caso ressalta a importância de um debate contínuo sobre aceitação e respeito entre diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, especialmente em momentos em que a sociedade brasileira ainda enfrenta muitas divisões em relação a esses temas.