Um casal se deparou com uma situação alarmante ao encontrar uma câmera escondida dentro da casa que alugaram em Pirenópolis (GO) para desfrutar de quatro noites de descanso. O dispositivo, disfarçado como uma lâmpada, levantou questões sérias sobre privacidade e segurança.

Os hóspedes, que preferiram manter suas identidades em segredo, relataram ao Metrópoles que realizaram o check-in na última quinta-feira (28/8) à noite, sem imaginar o que estavam prestes a descobrir.

O empresário, de 31 anos, estava acompanhado do marido, de 44 anos, e notou a lâmpada estranha logo após a chegada. Questionando o parceiro, ele foi tranquilizado de que poderia ser apenas um sensor de fumaça.

Com isso, o casal se sentiu aliviado e até mesmo aproveitou a piscina da propriedade sem suspeitar da presença do dispositivo espía. Em um momento de curiosidade, no entanto, o empresário decidiu investigar a lâmpada e ficou chocado ao descobrir que se tratava de uma câmera oculta, muito semelhante a outros dispositivos disponíveis online.

Decididos a deixar a hospedagem, e após a descoberta aterrorizante, eles saíram no sábado (30/8), antes do previsto, e registraram um boletim de ocorrência.

"Não temos ideia de como estão sendo usadas essas imagens, e é uma situação muito difícil de descrever para nós", comentou o empresário.

O casal contatou o proprietário para exigir explicações. Durante a troca de mensagens, eles solicitaram o reembolso da estadia, alegando que a presença da câmera não havia sido divulgada e configurava uma violação legal. O proprietário, no entanto, respondeu que o reembolso deveria ser solicitado pela plataforma Airbnb e não deu justificativas claras sobre a instalação do dispositivo.

Segundo os hóspedes, o dono da casa havia mencionado que existiam câmeras de segurança no exterior, mas não havia comentado nada sobre a câmera interna.

A plataforma Airbnb se manifestou, afirmando que câmeras ocultas são estritamente proibidas. Eles relataram que parte do valor da hospedagem foi reembolsado e que o restante seria devolvido após investigação. Além disso, a conta do anfitrião já está suspensa enquanto o caso é apurado.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) está agora investigando o incidente, que levanta sérias preocupações sobre a proteção da privacidade dos usuários em locações de curto prazo.