Nação

Cármen Lúcia responde Marçal e critica postura de Elon Musk: 'Brasil não é quintal de ninguém'

2024-10-01

Cármen Lúcia responde a Marçal

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) e atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, não deixou passar em branco as declarações do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), que afirmou que "mulher não vota em mulher". Durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, Cármen reforçou a importância da presença feminina na política como um avanço civilizatório indispensável.

Igualdade de direitos entre homens e mulheres

Em resposta à afirmação de Marçal, Cármen enfatizou a igualdade de direitos entre homens e mulheres, lembrando que as mulheres representam 52% da população e também do eleitorado brasileiro. "Dizer que uma mulher não vota em mulher é ignorar dados fundamentais e a realidade social do nosso país", disse ela.

Críticas à postura de Elon Musk

A ministra também aproveitou a oportunidade para criticar a postura do X (ex-Twitter), plataforma dirigida pelo empreendedor Elon Musk, que está em desacordo com a legislação brasileira. Cármen Lúcia argumentou que, como em qualquer Estado soberano, todas as empresas, incluindo as de redes sociais, têm a obrigação de respeitar as leis locais. "O Brasil não é menor, o Brasil não é quintal de ninguém. Aqui, temos nossas leis e elas devem ser cumpridas", reiterou ainda empoderada.

Contexto mais amplo da situação

O embate ocorre em um contexto mais amplo, onde a relação entre as normas que regem as plataformas digitais e as legislações nacionais está sendo cada vez mais debatida. Cármen deixou claro que todos, tanto cidadãos quanto empresas que operam no Brasil, devem respeitar as leis do país.

Decisão do Supremo sobre a suspensão do X

A ministra faz parte da Primeira Turma do Supremo, que, no início de setembro, decidiu por unanimidade manter a suspensão do X no Brasil, conforme a determinação do ministro Alexandre de Moraes. Em seu voto, Cármen Lúcia declarou que a decisão não envolveu a proibição de serviços, mas sim o cumprimento da lei em benefício de toda a população, nacional ou estrangeira.

Bloqueio da rede social por descumprimento de ordem legal

A rede social está bloqueada há um mês após Musk ignorar uma ordem de Moraes que exigia, em 24 horas, a indicação de um representante legal no Brasil, reforçando a tensão entre o governo brasileiro e as grandes plataformas tecnológicas. Os desdobramentos dessa situação levantam questionamentos sobre o papel das redes sociais na democracia e a responsabilidade de respeitar as legislações locais. O que isso significa para o futuro das relações entre o Brasil e empresas de tecnologia? Fique ligado!