Saúde

Camila Pitanga e a luta contra o transtorno da mãe: uma história de superação e sofrimento

2025-03-30

Autor: Carolina

Neste mês, Camila Pitanga (47) voltou a atrair a atenção do público ao falar abertamente sobre sua complicada relação com a mãe, Vera Manhães (73), que sofre de transtorno de personalidade paranoide. Esse diagnóstico impactou profundamente a vida de Vera, levando-a ao afastamento da carreira de atriz nos anos 1980.

A psicanalista Fabiana Guntovitch, em uma entrevista exclusiva à CARAS Brasil, detalha que o transtorno de personalidade da mãe de Camila é caracterizado por um padrão persistente de pensamento e comportamento que resulta em desconfianças e percepções distorcidas da realidade. Segundo ela, esses transtornos são uma combinação de fatores genéticos e ambientais, podendo ser atenuados com a idade, mas certos traços podem persistir mesmo após uma diminuição dos sintomas mais intensos.

“Pacientes com esse transtorno costumam desconfiar constantemente de outras pessoas, acreditando que estão sendo prejudicados ou enganados, mesmo na ausência de evidências concretas. As complicações são significativas e podem afetar gravemente a vida social e emocional desses indivíduos”, destaca a especialista.

Entre as principais complicações estão a dificuldade em manter relacionamentos interpessoais saudáveis, ciúmes extremos, conflitos frequentes e um forte isolamento social, levando ao sofrimento emocional crônico. Além disso, pessoas que convivem com esse transtorno tendem a guardar rancores por muito tempo, reagindo com raiva a situações que interpretam como ofensas.

Camila, em conversa com o portal Quem, revelou que desde a infância, sua mãe sempre exerceu um papel de grande influência na sua vida, como uma figura materna que, paradoxalmente, também agiu como uma irmã mais velha. Ela é fruto do relacionamento entre Vera e o ator Antonio Pitanga (85), que ficou com a guarda da atriz e de seu irmão, Rocco Pitanga (44), após a separação do casal em 1986.

Vale lembrar que Vera Manhães fez sucesso na televisão brasileira durante a década de 1970, sendo parte do elenco de grandes novelas da Globo, como Marrom Glacê (1979), O Cafona (1971) e Roque Santeiro (1985). No entanto, sua carreira foi bruscamente interrompida com seu afastamento para cuidar de sua saúde mental, evidenciando a necessidade urgente de discutir tais questões sobre saúde mental e suas implicações. A luta de Camila e de sua mãe reflete não apenas desafios pessoais, mas também uma chamada à sociedade para que haja mais empatia e compreensão em relação a esses transtornos e suas consequências.