Detenção do Cabo da PM

O cabo da Polícia Militar, Denis Antonio Martins, foi detido nesta quinta-feira (16) após um trabalho investigativo que utilizou o sinal de seu celular para comprovar sua presença no local do crime, onde o delator do PCC, Vinícius Gritzbach, foi executado.

Investigação e Tecnologia

Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, revelou que a polícia quebrou o sigilo telefônico do suspeito, permitindo o rastreamento de seus movimentos e a análise de mensagens trocadas. O rastreamento via sinal de telefonia celular revelou que Martins estava na cena do crime no momento em que Gritzbach foi assassinado.

"Assim que confirmamos por meio do sinal do celular que Denis estava presente no local do crime, realizamos comparações fotográficas para obter mais evidências. Também utilizamos o reconhecimento facial", declarou Derrite, destacando a importância da tecnologia nas investigações.

Coleta de Provas

As provas foram coletadas através de diversas fontes, incluindo:

- Câmeras de segurança da área

- Imagens de dentro do ônibus que os atiradores usaram para escapar

- Fotografias do suspeito em arquivos anteriores

Contexto do Crime

Denis Antonio Martins, com um salário mensal de aproximadamente R$ 5.300, foi identificado após uma denúncia que surgiu após a divulgação de um retrato falado. Ele também possui uma tatuagem visível que ajudou na identificação. Este crime brutal ocorreu em novembro do ano passado, quando Gritzbach desembarcou de uma viagem a Alagoas e foi surpreendido por atiradores armados que dispararam contra ele ao sair do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Fuga dos Suspeitos

Após o assassinato, os suspeitos utilizaram um ônibus público para fugir do local, o que dificultou a sua captura inicial. A investigação da polícia foi intensificada por meio da cruzamento de dados, coleta de evidências e análise do sinal de telefonia, revelando a importância do trabalho de inteligência na resolução deste caso.

Continuidade das Investigações

Nos próximos 30 dias, as investigações continuarão em busca de mais conexões de Denis com o crime e com o comparsa que fugiu com ele, que até o momento ainda não foi identificado.

Reação da PM e Consequências

Além do cabo Denis, outras 15 prisões foram realizadas pela Corregedoria da PM, incluindo 14 integrantes do núcleo de segurança pessoal de Gritzbach. Derrite enfatizou que a corporação não tolerará desvios de conduta de seus agentes, prometendo punições severas para aqueles envolvidos com o crime organizado.

Impacto Social

O assassinato de Gritzbach, registrado por câmeras de segurança do aeroporto, não apenas chocou a sociedade, mas também evidenciou os riscos enfrentados por delatores no Brasil. O caso segue em investigação, com a polícia determinada a trazer todos os envolvidos à justiça.