Saúde

Brasileiras Ignoram Fatores de Risco do Câncer de Mama e a Crucial Importância da Mamografia, Revela Pesquisa Explosiva!

2024-09-30

Um novo estudo alarmante revelou que a maioria das mulheres brasileiras tem concepções erradas sobre os fatores de risco para o câncer de mama. Para 77% das entrevistadas, a principal causa da doença é a herança genética, o que pode levar a uma falsa sensação de segurança.

Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), apenas de 5 a 10% dos casos estão realmente relacionados à genética. Em contraste, cerca de 17% das ocorrências podem ser evitadas através da adoção de hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas regulares, manter um peso adequado, limitar o consumo de álcool e amamentar.

O estudo ainda revelou que a conscientização sobre o estilo de vida e suas implicações na prevenção do câncer de mama é alarmantemente baixa: 71% das participantes não associam o consumo de álcool ao câncer, 69% não veem o excesso de peso como risco e 84% ignoram os benefícios da amamentação para a proteção contra a doença. Além disso, apenas 9% estavam cientes de que a menstruação precoce (antes dos 9 anos) pode aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade.

A ginecologista Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil, destaca a gravidade dessa desinformação: “Essa percepção equivocada de que o câncer de mama é puramente genético pode levar a uma negligência em relação aos cuidados necessários para a prevenção da doença.”

Nos anos 90, a campanha Outubro Rosa promoveu a necessidade do autoexame, mas essa prática é insuficiente sozinha para garantir a detecção precoce do câncer. Lesões perceptíveis costumam ter pelo menos 1 centímetro. Para diagnosticar de forma eficaz, os exames de rastreamento são essenciais, pois quanto mais cedo a detecção, maior é a chance de cura.

Uma pesquisa do Ipec indicou que 54% das brasileiras acreditam que o autoexame é a principal forma de detecção precoce, sendo que entre as mulheres com 50 anos ou mais, 59% mantêm essa visão equivocada.

Além disso, existe uma clara falta de entendimento sobre a importância da mamografia. Para 56% das participantes, a necessidade de realizar esse exame não é clara, mesmo quando outros exames, como o ultrassom, mostram resultados normais. A pesquisa ainda revelou que 52% das mulheres subestimam a importância da mamografia regular, e 25% acreditam que após um resultado normal, podem se confiar apenas no autoexame.

A falta de proatividade nas consultas médicas é preocupante: apenas 33% das entrevistadas entre 40 e 49 anos afirmaram ter procurado um médico para solicitar a mamografia. Esse percentual é igualmente baixo em mulheres das classes A/B (35%) e C (24%).

Surpreendentemente, uma em cada cinco mulheres entre 40 e 49 anos (20%) relatou não ter recebido a orientação para fazer mamografia nos 18 meses anteriores à pesquisa. Essa situação pode refletir uma discrepância entre as diretrizes do Ministério da Saúde e as recomendações de entidades médicas. O Ministério orienta mamografias bienais para mulheres de 50 a 69 anos, enquanto especialistas sugerem rastreamento anual a partir dos 40 anos. É uma questão que pode impactar uma parte significativa da população feminina, uma vez que 21% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama têm 40 anos ou menos.

Portanto, é crucial que as brasileiras sejam educadas sobre os verdadeiros fatores de risco e a importância de exames preventivos regulares para enfrentar de frente essa gravíssima doença!