Brasil e China: O plano audacioso que pode desafiar a dominação de Elon Musk com a Starlink
2024-11-04
Autor: Julia
É oficial! Brasil e China estão unidos em um plano revolucionário que promete quebrar o monopólio da Starlink, a empresa de internet via satélite de Elon Musk, no território brasileiro. A intenção é que a SpaceSail, uma nova companhia chinesa de satélites, comece a operar no Brasil, dominado atualmente pela sua concorrente.
A ideia é que os dois países assinem memorandos de entendimento durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, programada para o dia 20 de novembro. Essa cooperação pode ser um passo importante para diversificar o mercado de internet via satélite no Brasil, reduzindo a dependência da Starlink e oferecendo novas opções para os consumidores.
O secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Barros Tercius, confirmou à BBC News Brasil que o Brasil e a China estão discutindo as bases para essa nova parceria. Com a SpaceSail, o Brasil poderia ter acesso a um serviço que prometa maior eficiência e praticidade.
A SpaceSail, com sede em Xangai, já possui 18 satélites em operação e tem ambições de lançar até 15 mil até 2030. Para efeito de comparação, a Starlink conta atualmente com cerca de 6 mil satélites. Os satélites da SpaceSail operam em órbita baixa (LEO), a uma distância de aproximadamente 549 km da superfície terrestre, proporcionando uma latência menor e uma internet mais rápida e confiável.
No Brasil, a Starlink possui 45,9% do mercado de internet via satélite, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Entretanto, a recente crise entre Elon Musk e o governo brasileiro reacendeu discussões sobre a dependência do país em relação a essa única provedora de serviços de internet.
Os primeiros contatos entre a SpaceSail e o governo brasileiro aconteceram em agosto, quando uma comitiva da empresa se reuniu com o vice-presidente, Geraldo Alckmin. Os planos da SpaceSail incluem a operação no Brasil até 2025, embora isso dependa de aprovações necessárias da Anatel.
Além disso, Tercius mencionou que um dos memorandos em negociação pode envolver a colaboração técnica para garantir que a SpaceSail consiga desenvolver a infraestrutura necessária para operar no Brasil. Em um cenário positivo, a Telebras, a empresa estatal de telecomunicações, poderia utilizar os serviços da SpaceSail para conectar escolas e outras instituições de interesse público, beneficiando especialmente áreas remotas.
As negociações também incluem a proposta de fazer lançamentos de satélites da SpaceSail a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, o que poderia acelerar o cronograma da empresa e ao mesmo tempo otimizar o uso da base de Alcântara.
A relação entre o Brasil e a China nesse âmbito não é apenas uma forma de diversificação do mercado, mas também uma jogada estratégica para evitar monopólios no setor, garantindo que o país mantenha o controle sobre suas operações de comunicação durante tensões internacionais.
O desenrolar das negociações e a efetivação dos memorandos terão um grande impacto, não só no mercado de internet via satélite, mas na forma como o Brasil se posiciona frente aos desafios globais da tecnologia e da comunicação. O movimento de diversificação com a SpaceSail promete agitar o panorama da internet no Brasil, mas será que isso é suficiente para abalar a dominância de Elon Musk? Prepare-se para acompanhar essa disputa que pode mudar tudo!