Brasil Define Meta Climática Revolucionária: Combustíveis Fósseis em Xeque!
2024-11-13
Autor: João
O Brasil trouxe uma novidade impactante na luta contra as mudanças climáticas ao apresentar sua nova meta de redução de emissões. Em um momento histórico, o país, em sua comunicação à ONU, reconheceu pela primeira vez a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis, um dos principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa.
A nova meta, oficialmente chamada de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), estabelece a ambição de cortar entre 59% e 67% das emissões de gases até 2035, comparado aos níveis de 2005. Essa redução significa que o Brasil busca limitar suas emissões a um teto entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente na mesma data. Um desafio monumental que coloca o Brasil em uma posição de liderança nas discussões sobre mudanças climáticas.
O anuncio foi realizado na COP29, em Baku, pela vice-presidência e pelo Ministério do Meio Ambiente, e trouxe à tona a importância de integrar soluções de eletrificação e biocombustíveis avançados, sinalizando um futuro mais sustentável. O plano está vinculado ao Plano Clima, uma política nacional que enfrenta as causas e consequências do aquecimento global, prevista para ser finalizada em 2025.
Esta não é a primeira vez que o Brasil estabelece metas climáticas, mas é a primeira em que se menciona a redução do consumo de petróleo, gás e carvão, tradicionalmente negligenciado nas diretrizes anteriores. A queima desses combustíveis fósseis representa cerca de 75% das emissões globais.
No comunicado, o governo brasileiro também destacou sua intenção de combater o desmatamento ilegal e implantar medidas que incentivem a manutenção das florestas em áreas privadas, uma estratégia vital para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e restaurar ecossistemas degradados.
No contexto global, a COP28 já havia trazido à tona a proposta de que os países signatários do Acordo de Paris começassem a reduzir o consumo de combustíveis fósseis, um passo que o Brasil parece estar disposto a apoiar, desde que essa transição seja justa e equitativa, respeitando as capacidades de cada nação.
Entretanto, é importante ressaltar que o governo não estabeleceu prazos concretos para as implementações das novas metas, uma lacuna criticada por entidades ambientalistas como o Observatório do Clima, que argumentam que isso permite níveis altos de desmatamento até 2035. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reiterou a promessa de zerar o desmatamento até 2030, uma meta que, se atingida, pode colocar o Brasil em um caminho sólido em direção à neutralidade climática até 2050.
A nova meta foi caracterizada como "ambiciosa", mas muitos ambientalistas veem nela um compromisso ainda tímido em relação às exigências globais. A balança entre a ambição e a realidade da implementação será, sem dúvida, um ponto crucial nesta jornada do Brasil em busca de um futuro mais sustentável e responsável em relação ao clima.