A tão esperada Conferência das Partes (COP30) em Belém ocorrerá em um momento crucial para o planeta, marcado por uma realidade alarmante. Recentemente, a agência europeia Copernicus revelou que 2024 não só se tornou o ano mais quente já registrado na história, como também superou pela primeira vez a marca de 1,5 °C de aumento na temperatura média em comparação ao período pré-industrial, alcançando 1,6 °C. Enquanto o Acordo de Paris estipula que o limite desejável envolve médias sobre um período de pelo menos 20 anos, a urgência da situação exige ação imediata.

A crescente temperatura global traz à tona não apenas os riscos ambientais, mas também as consequências sociais e econômicas que afetam diretamente a população. Nos últimos anos, desastres naturais têm se tornado mais frequentes e severos, colocando em risco milhões de vidas e desestabilizando economias. A pressão sobre os recursos hídricos e alimentares está se intensificando, e o Brasil, com sua vasta biodiversidade e ecossistemas únicos, precisa liderar o caminho na busca por soluções sustentáveis.

Não é tarde demais para agir, mas é essencial que os países aumentem seus compromissos climáticos e colaborem mais eficazmente. O receio de alcançarmos um ponto sem retorno, onde os impactos das mudanças climáticas se tornariam irreversíveis, é uma preocupação crescente entre especialistas. Portanto, a atenção do mundo estará voltada para o Brasil durante a COP30, e as decisões que forem tomadas poderão determinar o futuro do planeta.