Resumo do Incêndio e a Liberação do Acesso

Na manhã desta sexta-feira (1°), o Corpo de Bombeiros de São Paulo autorizou a entrada de comerciantes no Shopping 25, localizado no Brás, no centro da capital paulista, apenas dois dias após um megaincêndio que destruiu mais de 200 lojas.

Apesar da tragédia, alguns comerciantes conseguiram salvar parte de suas mercadorias, que permaneceram intactas. Um dos comerciantes descreveu a situação como "um milagre" enquanto saía do local carregando uma sacola cheia de roupas.

A Reação das Autoridades e Auxílio aos Comerciantes

Os bombeiros estão avaliando a possibilidade de devolver o prédio ao Grupo Paulista de Investimentos e Participações Ltda, de propriedade do empresário chinês Law Kin Chong e sua esposa Miriliam Law. Eles têm um papel fundamental em ajudar na recuperação da área afetada.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) devem visitar o shopping nesta sexta para dialogar com os comerciantes locais e anunciar uma linha de crédito para auxílio aos que foram prejudicados, especialmente em uma época crítica para o comércio, como o final do ano.

Medidas de Segurança e Irregularidades

A Associação de Lojistas do Brás (Alobrás) espera que o prefeito e o governador anunciem medidas para simplificar a burocracia na obtenção de alvarás e vistorias, ajudando na reabertura das lojas. Além disso, um relatório da Coordenadoria de Controle e Uso de Imóveis (CONTRU) já havia apontado várias irregularidades na segurança do shopping, incluindo deficiências no sistema anti-incêndio, que não estavam corretas conforme as normas da ABNT/NBR.

Com problemas nos chuveiros hidráulicos e outras medidas de segurança inadequadas, o shopping ficou impossibilitado de conter o fogo, que se espalhou de forma descontrolada. O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do prédio estava vencido desde agosto deste ano, o que levantou questões sobre a responsabilidade e as medidas de segurança adotadas pela administração do empreendimento.

Respostas e Investigação

No entanto, a gestão municipal não esclareceu quais providências concretas foram tomadas em resposta às irregularidades já mencionadas anteriormente pelos fiscais. Além disso, a Defesa Civil Municipal planeja iniciar vistorias para análise estrutural do prédio e das construções vizinhas após a liberação do local pelos bombeiros.

Responsabilidade e Consequências do Incêndio

Enquanto isso, a empresa de Law Kin Chong defendeu que o prédio contava com um Certificado de Segurança e que mantinha todos os seus equipamentos de combate a incêndio em funcionamento. Contudo, a situação aponta para um necessário debate sobre a segurança nos centros comerciais e a responsabilização dos gestores em casos de tragédias como essa.

As consequências do incêndio são devastadoras, e a estimativa de prejuízo para o comércio da região ultrapassa R$ 25 milhões, segundo a Alobrás. A urgência de medidas de reconstrução e apoio para os comerciantes é mais evidente do que nunca, especialmente com as festividades de final de ano se aproximando.