Introdução

Neste sábado (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que pretende processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o político ter insinuado que Bolsonaro estaria envolvido na crise de fiscalização do Pix, uma medida da Receita Federal que gerou polêmica recentemente.

Declarações de Bolsonaro

"Vou processar o Haddad. Ele não tem o que fazer, sempre me acusa de alguma coisa", declarou Bolsonaro a jornalistas no aeroporto de Brasília, momentos antes de levar sua esposa, Michelle Bolsonaro, para a cerimônia de posse de Donald Trump nos Estados Unidos. Recentemente, ele foi impedido de viajar devido a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Bolsonaro também acusou Haddad de fazer declarações infundadas sobre a compra de imóveis e defendeu-se dizendo que as transações feitas por seus familiares estão registradas e legalizadas. "Pegou meia dúzia de familiares meus do Vale do Ribeira. O que essa meia dúzia de Bolsonaro de 1990 para cá e está pago em moeda nacional corrente. Natural. Naquela época comprava até telefone em dólar", afirmou.

Comparação com Paulo Guedes

Ele ainda fez uma comparação entre Haddad e seu ex-ministro da Fazenda, Paulo Guedes, sugerindo que o governo Lula está caminhando para o fracasso. Ironizou: "Recuou porque é fraco ou porque é incompetente ou os dois?".

Resposta do governo

A resposta do governo à crise envolve a interação com a Polícia Federal (PF), que foi acionada para investigar a disseminação de informações falsas sobre a Receita Federal e possíveis golpes utilizando sua marca.

Declarações de Fernando Haddad

Fernando Haddad, em entrevista à CNN, sugeriu que a família Bolsonaro está sendo alvo de investigações fiscais. Ele afirmou: "Tenho para mim que o Bolsonaro está um pouco por trás disso, porque o PL financiou o vídeo do Nikolas". Essa declaração se refere ao polêmico vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) que obteve grande repercussão e críticas em relação à transparência fiscal do governo.

Recuo do governo

O governo teve que recuar em sua proposta original por conta da pressão popular e das acusações de fake news, que se intensificaram após a publicação do vídeo, que alcançou mais de 300 milhões de visualizações.

Elogios a Meta

Em uma reviravolta interessante, Bolsonaro elogiou a decisão da Meta (Facebook) de encerrar seu programa de checagem de fatos, algo que vem gerando preocupação no governo Lula. A Advocacia-Geral da União (AGU) já questionou a empresa sobre esse assunto.

"Essa mídia social foi que me elegeu em 2018. E não foi com mentira não, seu Haddad, foi com verdade", defendeu Bolsonaro, criticando veemente a gestão do ministro da Fazenda, que é possuidor de um mestrado em economia e doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).

Conclusão

As tensões entre Bolsonaro e Haddad não parecem estar próximas do fim, com palavras duras de ambos os lados e novas polêmicas surgindo a cada dia. O que isso traz para o cenário político brasileiro? Fique atento para mais atualizações desta batalha entre o ex-presidente e o atual ministro!