O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a chamar a atenção para a alta do dólar ao resgatar um post da ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, datado de 2022. Em sua postagem no X, na última sexta-feira (1º de novembro de 2024), Bolsonaro escreveu: “Dólar alcança R$ 5,83. Mas tudo é relativo nesta democracia inabalável”. Isso vem em resposta a um comentário da então senadora que mencionava a desvalorização do real devido à “instabilidade política e jurídica”.

Aliados de Bolsonaro também se manifestaram em apoio à crítica. O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, foram alguns que endossaram o descontentamento com a situação econômica atual.

Atualmente, a cotação do dólar está acima de R$ 5 há 219 dias. No fechamento da última sexta-feira, a moeda americana foi negociada a R$ 5,87, marcando um aumento de 2,9% apenas nesta semana. Este é o segundo maior patamar nominal da história, ficando atrás apenas do valor registrado em 13 de maio de 2020, quando chegou a R$ 5,90.

Sob a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dólar tornou-se mais caro a partir de 28 de março de 2024, quando ultrapassou os R$ 5 pela primeira vez, atingindo R$ 5,015 naquele período. Analistas econômicos apontam que a alta do dólar reflete não apenas a instabilidade política, mas também questões como a inflação interna e a confiança dos investidores na economia brasileira.

Com a proximidade das eleições, as discussões sobre a economia e o valor do dólar tendem a intensificar-se, com expectativas sobre como o novo governo poderá lidar com essas questões cruciais para o povo brasileiro.