
Bolsonaro Atraí Quase 60.000 Apoiadores em Grande Ato na Av. Paulista
2025-04-07
Autor: Lucas
Neste domingo, 6 de abril de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu cerca de 59.900 apoiadores na Av. Paulista, em São Paulo, durante um ato que clamou pela anistia aos presos e investigados pelos violentos eventos de 8 de Janeiro. O evento ocorreu em um momento de forte emoção e mobilização, refletindo a continuidade do apoio à figura de Bolsonaro mesmo após as recentes controvérsias judiciais.
O cálculo do público foi realizado através de imagens aéreas de alta resolução, obtidas por drones, no momento mais intenso do ato, que aconteceu durante o discurso de Bolsonaro. Ele se dirigiu à multidão por aproximadamente 26 minutos, começando seu discurso às 15h40. As imagens foram capturadas entre 16h03 e 16h09, permitindo um mapeamento detalhado da concentração de pessoas.
A presença de sete governadores de Estado destacou a relevância do evento: os governadores de Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina marcaram presença, solidificando a força da oposição ao governo atual. Durante o ato, quatro desses governadores – Caiado, Ratinho Jr., Tarcísio e Zema – aparentaram unidade, publicando uma foto juntos nas redes sociais com a mensagem "Unidos pela anistia".
Apesar da inelegibilidade de Bolsonaro, que atualmente é réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe, sua insistência em permanecer como candidato mostra a sua resiliente influência no cenário político brasileiro. Uma pesquisa recente indica que 67% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro deveria desistir de sua candidatura.
O ato de 6 de abril foi também marcado por novas polêmicas, como a presença de figuras da direita que anteriormente criticaram Bolsonaro. Um caso notável foi o do governador Caiado, que já foi chamado de "covarde" por Bolsonaro no passado. Por outro lado, nomes como Sergio Moro, que se distanciou de Bolsonaro, também estiveram presentes, levantando questionamentos sobre a unidade da direita.
Um dos símbolos mais marcantes do ato foi o batom, que surgiu como um acessório significativo. A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos utilizou batom para pichar uma estátua em frente ao Supremo Tribunal, provocando polêmica ao exibir a mensagem "perdeu, mané". A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro incentivou os participantes a trazerem batons ao ato, e até mesmo um batom inflável foi exibido com a frase "anistia já".
Durante o evento, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o pastor organizador Silas Malafaia pressionaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto de anistia, afirmando que isso acontecerá "querendo ou não". Enquanto isso, o debate sobre a anistia continua a gerar controvérsias, e a resistência atual de Motta em pautar o requerimento de urgência está sendo acompanhada de perto.
Nos últimos atos realizados por Bolsonaro, como o que ocorreu em fevereiro de 2024, que contou com a presença de até 350 mil pessoas na Av. Paulista, essa mobilização demonstra que Bolsonaro ainda mantém uma base expressiva. O evento de hoje é o primeiro após seu novo status como réu, e muitos esperam que isso não diminua seu impacto na política nacional.