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Bolsas mundiais em crise: Petróleo despenca e dólar cai significativamente após novas tarifas de Trump

2025-04-03

Autor: Maria

As recentes tarifas impostas pelo presidente Donald Trump têm causado um impacto devastador na economia global. As tarifas recíprocas anunciadas durante um evento nos jardins da Casa Branca incluem uma taxação de 10% sobre produtos brasileiros, que entram em vigor neste sábado, e são parte de uma política mais ampla que inclui taxas muito mais altas para outras nações. A China, por exemplo, enfrentará uma sobretaxa de 34% sobre suas exportações para os EUA, enquanto produtos da União Europeia terão um imposto de 20%.

Essas medidas estão levando as bolsas de valores aos limites, com o S&P 500 podendo sofrer uma perda estimada em até US$ 1,7 trilhões, afetando fortemente gigantes americanos como Apple e Nike, que dependem de fábricas na Ásia. Às 11h (horário de Brasília), os índices de ações nos EUA estavam em queda: - S&P: - 4,02% - Dow Jones: -3,69% - Nasdaq: - 4,92%.

As reações foram tão negativas que Peter Tchir, chefe de estratégia macro da Academy Securities, chamou a situação de 'desastre' em declarações ao The New York Times. As bolsas europeias também refletem esta turbulência, com Londres em queda de 1,61% e Frankfurt em 2,55%.

Os países asiáticos estão sendo os mais afetados, com Tóquio registrando queda de 2,77% e Hong Kong, -1,52%. Entre as nações diretamente impactadas, Japão e Coreia do Sul enfrentarão alíquotas de 24% e 25%, respectivamente, enquanto o Vietnã verá um imposto de impressionantes 46%.

Com o aumento da incerteza, o preço do petróleo caiu mais de 5%. O barril de Brent, referência global, recuava a US$ 70,10, enquanto o Texas (WTI) despencava para US$ 66,68. Essa queda também afetou o mercado de ações da Petrobras, que viu suas ações perderem entre 3,25% e 3,75%.

No mercado cambial, o dólar americano caiu para seu nível mais baixo em relação a uma cesta de moedas desde o fim de 2022. No Brasil, a moeda caiu 1,29%, sendo cotada a R$ 5,6252, enquanto o Ibovespa apresentou uma leve recuperação, com alta de 0,69%.

Economistas do Deutsche Bank preveem que a taxa média das tarifas sobre importações americanas poderá alcançar níveis que não eram vistos há quase um século, variando de 25% a 30%. Para evitar consequências ainda mais graves, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, alertou contra a adoção de represálias, sugerindo que é melhor esperar e ver como a situação se desenrola.

As incertezas em torno dessa nova política tarifária podem mudar radicalmente a dinâmica do comércio global e já levantam dúvidas sobre o próximo mandato de Trump. Economistas almejam compreender como as tarifas afetarão o consumo e as taxas de inflação, enquanto a economia global enfrenta um cenário turbulento. O que acontecerá a seguir? Fique atento!