Blue Origin Lança Novo Foguete à Órbita, Mas Pouso é Desastroso!
2025-01-16
Autor: Fernanda
Na madrugada desta quinta-feira (16), a Blue Origin, empresa de Jeff Bezos, alcançou um marco significativo ao lançar seu foguete de alta capacidade, o New Glenn, pela primeira vez. Contudo, o sonho de pousar com sucesso o primeiro estágio em uma balsa no oceano Atlântico não foi realizado, evidenciando os desafios que a companhia ainda enfrenta em sua jornada.
O altamente antecipado voo inaugural partiu da plataforma 36 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, às 4h03 (horário de Brasília). Apesar da decolagem bem-sucedida, a missão teve problemas no dia anterior, quando um incidente relacionado a gelo em uma tubulação de ventilação forçou o adiamento do lançamento. A Blue Origin, que já mostrou sua capacidade de pouso vertical com o foguete suborbital New Shepard, encontrou novos desafios com o maior New Glenn.
Desenvolver tecnologia de pouso, como a que a SpaceX dominou, é um processo delicado e demorado. A SpaceX levou anos e várias tentativas falhas para aperfeiçoar o pouso de seu foguete Falcon 9, algo que a Blue Origin ainda precisa desenvolver plenamente. Como Bezos admitiu anteriormente, ele achava arriscado tentar pousar o foguete no seu primeiro voo, subestimando as complexidades desta tecnologia.
O voo teve um objetivo principal: demonstrar a capacidade do New Glenn de colocar cargas em órbita. E de fato, isso foi alcançado com sucesso. O foguete atingiu a órbita aproximadamente 13 minutos após a decolagem, embora a comunicação com o primeiro estágio tenha sido perdida durante a reentrada, o que era esperado pelos engenheiros.
Além disso, este voo também representou uma oportunidade para a Blue Origin testar o Blue Ring Pathfinder, um dispositivo experimental com funções de rebocador espacial. Ele permanece acoplado ao segundo estágio do New Glenn e está destinado a realizar manobras orbitais nos próximos seis horas.
O futuro se apresenta promissor para a Blue Origin. O New Glenn é projetado para carregar até 45 toneladas à órbita terrestre baixa, posicionando-se assim entre o Falcon 9 e o Falcon Heavy da SpaceX. Com um custo similar de cerca de US$ 69 milhões por lançamento, a competição neste setor se tornará ainda mais acirrada. Enquanto isso, a Blue Origin espera garantir contratos de lançamento para satellites militares e comerciais, tornando-se um jogador chave na corrida espacial.
Apesar dos desafios enfrentados, como a recuperação do primeiro estágio para reutilização, a empresa não perde sua determinação. A Blue Origin pode não ter atingido todos os seus objetivos nesta missão, mas cada passo representa um aprendizado crucial. Afinal, em um setor onde o fracasso é frequentemente parte do processo, ninguém duvida da capacidade da Blue Origin de se recuperar e evoluir com essas experiências. Fique atento para ver como essa disputa entre gigantes da indústria espacial se desenrola!