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Biden Deixa Cuba Fora da Lista de Terrorismo e Movimenta a Política Internacional

2025-01-14

Autor: João

Em um movimento surpreendente a poucos dias do fim de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a retirada de Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo. A decisão foi revelada nesta terça-feira (14) e pode ter grandes repercussões nas relações entre os dois países.

A Casa Branca expressou esperanças de que Cuba comece a libertar diversos prisioneiros políticos como parte de uma negociação facilitada pela Igreja Católica. Em resposta, o governo cubano confirmou a liberação de 553 prisioneiros, mostrando um possível avanço nas relações bilaterais.

Um alto funcionário da administração Biden declarou: "Concluímos uma avaliação e não encontramos dados que justifiquem a designação de Cuba como um estado patrocinador do terrorismo." Esse comentário indica uma reavaliação da postura americana frente à ilha.

No entanto, essa decisão pode ser temporária. Donald Trump, presidente eleito, já sinalizou sua intenção de reverter a medida logo na próxima semana. Com Marco Rubio indicado como o novo secretário de Estado, as perspectivas para Cuba podem se deteriorar rapidamente. Rubio, cuja família deixou Cuba na década de 1950, é um crítico ferrenho do regime cubano e já defendia sanções mais severas.

Durante o governo Obama, Cuba foi retirada da lista de terrorismo em um esforço de reaproximação entre os países. Entretanto, Trump reverteu essa decisão em 2021, citando alegações sobre a colaboração cubana com líderes como Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e sua resistência em extraditar rebeldes colombianos.

Grupos de direitos humanos e organizações, como a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, pressionaram Biden para que revisse a posição dos Estados Unidos em relação a Cuba, argumentando que a lista de terroristas é uma barreira à diplomacia e aos direitos humanos.

Por sua vez, Cuba reagiu positivamente à decisão de Biden, mas expressou que isso não é suficiente, alertando que futuras administrações americanas podem reverter avanços obtidos ao longo dos anos.

Esse movimento deixa no ar muitas questões sobre o futuro das relações Estados Unidos-Cuba e se realmente assistiremos a uma nova era de diálogo ou a um reencontro de antigas tensões.