Nação

BH: Engler 'perde' para a abstenção no segundo turno

2024-10-28

Autor: João

O resultado do segundo turno das eleições em Belo Horizonte apresentou um cenário alarmante: o número de eleitores que não compareceram às urnas foi superior ao total de votos recebidos pelo deputado estadual Bruno Engler (PL). Neste domingo (27/10), Engler recebeu 577.537 votos, representando aproximadamente 46% dos votos válidos, enquanto impressionantes 640 mil eleitores optaram por se abster.

A abstenção alcançou 31,95% do eleitorado belo-horizontino, um aumento significativo em comparação aos 29,54% da primeira volta, totalizando 44.844 eleitores que não participaram do pleito.

Por outro lado, o prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) recebeu 670.574 votos, correspondente a 53,73% da votação total, superando a quantidade de eleitores que se abstiveram. Em seu discurso de vitória, Noman afirmou: 'Continuarei a ser prefeito de todos', destacando sua intenção de unir a cidade e trabalhar em prol de todos os cidadãos.

A vitória de Noman foi marcada também por um aumento da participação popular nas redes sociais, onde seus apoiadores celebraram o resultado, enquanto Engler, apesar da derrota, conseguiu um crescimento de 141 mil votos em relação ao primeiro turno, fato que o bolsonarista ressaltou em uma coletiva após a eleição. Engler lamentou, porém, a falta de apoio dos candidatos da centro-direita, como Mauro Tramonte (Republicanos) e Gabriel Azevedo (MDB), que poderiam ter influenciado na mudança dos rumos da eleição.

“Eu tive 100 mil votos a mais no primeiro turno, mas automaticamente os votos do PT e de Duda Salabert (PDT) iriam para o Fuad. A gente já começou o segundo turno em desvantagem. Tentamos dialogar com os outros candidatos, mas, politicamente, eles preferiram não se associar a nós. É uma escolha dele. Infelizmente, não conseguimos promover a mudança que queríamos em BH”, disse Engler.

Essa situação levanta diversas questões sobre o engajamento eleitoral e a importância da participação da população nas eleições. O que pode ser feito para reverter esse quadro de abstenção? Especialistas apontam a necessidade de campanhas de conscientização e engajamento cívico para elevar a participação nas urnas. Afinal, cada voto conta!