Resumo

Bernard Arnault, CEO da LVMH, viu sua fortuna despencar em 2024, perdendo a coroa para Elon Musk, que volta a ser o mais rico do planeta.

O executivo francês, à frente do conglomerado de luxo que inclui as icônicas marcas Louis Vuitton, Tiffany & Co., Moët & Chandon, e Sephora, viu sua riqueza encolher de forma alarmante. As versões recentes do ranking de bilionários, tanto da Forbes quanto da Bloomberg, revelam que Arnault passou da primeira posição para o quinto lugar.

Até abril deste ano, sua fortuna estava avaliada em impressionantes US$ 233 bilhões (mais de R$ 1,2 trilhão). No entanto, em um giro surpreendente dos eventos, atualmente sua riqueza foi reduzida para US$ 187,2 bilhões (cerca de R$ 1,02 trilhão).

Com essa queda, Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, reagiu e recuperou o primeiro lugar, com uma fortuna estimada em US$ 267,9 bilhões (R$ 1,4 trilhão). Em seguida, estão Jeff Bezos, com US$ 210 bilhões (R$ 1,15 trilhão); Larry Ellison, com US$ 203,4 bilhões (R$ 1,11 trilhão); e Mark Zuckerberg, com US$ 196,6 bilhões (R$ 1,07 trilhão).

Arnault é o único entre os 18 bilionários mais ricos do mundo que viu sua fortuna diminuir drasticamente em 2024. Segundo a Bloomberg, desde o início do ano, sua riqueza caiu aproximadamente US$ 30 bilhões (R$ 164 bilhões), um impacto considerável.

Essas alterações nas estimativas estão ligadas à desvalorização das ações da LVMH, que atingiram o menor nível em dois anos. Arnault possui 48% do conglomerado, e embora o grupo continue a ser um dos líderes do mercado de luxo, ele enfrenta desafios significativos. O desempenho da empresa no primeiro semestre foi preocupante, com uma queda de 26% nos lucros de vinhos e destilados, 19% em relógios e joias, e 6% no setor de moda.

Ao comentar sobre os resultados, Bernard Arnault atribuiu a situação a um "clima de incerteza econômica e geopolítica". Especialistas apontam que o setor de luxo está sendo severamente impactado pela inflação global elevada e pelas altas taxas de juros, consequências diretas da recuperação econômica pós-pandemia.

Os desafios de Arnault não são apenas financeiros; eles refletem também mudanças nos hábitos de consumo e nas preferências dos consumidores em um mundo que está constantemente em evolução. A pergunta que resta é: até onde essa queda impactará o status e a influência de Arnault no mercado de luxo?