O premiê israelense Benjamin Netanyahu enfrenta uma nova batalha pessoal, pois foi diagnosticado com uma infecção urinária decorrente do aumento benigno da próstata. Segundo comunicado de seu gabinete, Netanyahu será submetido a um procedimento cirúrgico para tratar a condição.

Contudo, esta não é a única crise que Netanyahu está enfrentando. Ao longo de 2024, seu governo tem estado sob intenso escrutínio, tanto no cenário interno como no internacional. Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu uma ordem de prisão contra ele, acusando-o de crimes de guerra durante a recente incursão militar de Israel em Gaza.

A Corte denuncia que as Forças de Defesa de Israel, sob sua liderança, realizaram ataques deliberados contra alvos civis, caracterizando uma violação grave dos direitos humanos. Especificamente, o TPI alegou que Netanyahu e seu governo utilizaram a fome como arma de guerra, uma acusação que, se comprovada, pode ter sérias consequências para sua carreira e seu futuro.

Internamente, Netanyahu está lidando com um processo judicial que é inédito em Israel: ele é o primeiro chefe de governo em exercício a ser julgado por corrupção. O processo começou em maio de 2020 e, após uma pausa devido à escalada do conflito em Gaza, foi retomado em outubro de 2023.

Netanyahu tem tentado regularmente adiar seu testemunho no tribunal, onde enfrenta acusações sérias de suborno, fraude e abuso de confiança em três casos distintos. Em um dos casos, ele e sua esposa, Sara, são acusados de terem recebido mais de US$ 260 mil em obras de arte, cigarros e champagne, em troca de favores políticos de bilionários.

As outras duas acusações envolvem tentativas de Netanyahu de negociar coberturas mais favoráveis na mídia israelense, em troca de dúvidas sobre a concorrência e vantagens comerciais para os proprietários da mídia. O apoio popular a Netanyahu já se deteriorou significativamente, e muitos questionam como ele conseguirá conciliar as obrigações de sua saúde com os desafios legais que enfrenta.

O cenário para o premiê é tenso e incerto, enquanto a sociedade israelense observa atentamente os desdobramentos. O futuro de Netanyahu continua a ser um tema de debate fervoroso, tanto em Israel quanto no exterior.