Ciência

Bebês geneticamente modificados: a tendência que pode mudar a sociedade

2025-01-26

Autor: Lucas

Nos últimos anos, a discussão sobre a manipulação genética de embriões tem ganhado destaque. A ideia de criar bebês geneticamente modificados não é apenas uma especulação futurista, mas uma realidade em evolução e que pode ter profundas implicações sociais e éticas. Afinal, com a evolução da tecnologia, poderemos ver um mundo onde as características genéticas de nossos filhos são selecionadas de acordo com preferências pessoais.

O conceito de edição genética ganhou relevância após o polêmico caso de He Jiankui em 2018, quando ele modificou o genoma de gêmeos para torná-los imunes ao vírus HIV, utilizando a técnica CRISPR. Essa ação levantou um alvoroço global e destacou a necessidade de debater as consequências éticas da manipulação genética. O medo das consequências imprevistas e o debate sobre 'jogar Deus' estão no cerne da discussão sobre a eugenia contemporânea.

Por outro lado, a busca por bebês 'perfeitos' através da técnica de edição genética não é o único caminho. Muitas startups estão desenvolvendo métodos menos invasivos, como o uso de escores poligênicos que permitem selecionar embriões durante a fertilização in vitro. Esses escores ajudam a mapear o risco de doenças, bem como tocam em aspectos como QI e outros traços físicos, sem a necessidade de realmente modificar o DNA.

A eugenia liberal, como é chamada, cria um novo campo de batalha moral e científico. Será que estamos, inadvertidamente, criando uma sociedade onde a genética determina não apenas as características físicas, mas também o futuro e as oportunidades de vida? Esses desenvolvimentos geram uma série de perguntas sobre desigualdade social, elitismo e o que significa ser humano.

No cenário atual, as questões sobre a moralidade da edição genética estão em destaque em várias conferências internacionais e debates acadêmicos, afastando-se da mera especulação para se tornarem questões urgentes. O que se sabe até agora é que, com a fusão da tecnologia com a biologia, estamos à beira de uma nova era. Porém, é vital que a sociedade discuta e estabeleça regulamentações apropriadas antes que essa tecnologia avance sem um controle ético adequado.

O futuro está se desenhando não apenas com a evolução das máquinas, mas também com a possibilidade de moldar a própria essência da vida. A pergunta que deve ser feita é: estamos prontos para isso?