Em uma reviravolta inesperada, o presidente sírio Bashar al-Assad anunciou sua renúncia e deixou o país, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, divulgadas neste domingo (8 de dezembro de 2024). O ministério russo, no entanto, não revelou o paradeiro de al-Assad, levando a especulações sobre o futuro imediato do líder e da Síria.

De acordo com fontes da CNN, al-Assad saiu de Damasco sob proteção russa e se dirigiu a Latakia, uma cidade portuária no noroeste da Síria, onde a Rússia mantém uma base aérea significativa. Essa movimentação vem em um momento de intensa pressão sobre o regime de al-Assad, com rebeldes sírios relatando a entrada na capital Damasco, confirmando o que muitos consideram ser o colapso do governo.

O Exército sírio comunicou ao governo que o regime de al-Assad “acabou”, cimentando a percepção de uma transição de poder iminente. Nesse contexto, o primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, expressou sua disposição em entregar o controle a um governo de transição, enfatizando a necessidade de racionalidade e cooperação com os líderes escolhidos pelo povo.

Em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, foi mencionado que al-Assad forneceu instruções para uma transferência pacífica de poder. O Kremlin afirmou que está em contato com todos os grupos de oposição sírios, enquanto as bases militares russas no país foram colocadas em estado de alerta máximo, embora não haja uma ameaça imediata detectada.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente. O presidente dos EUA, Joe Biden, está avaliando os eventos “extraordinários” na Síria, mantendo comunicação constante com aliados no Oriente Médio. Por outro lado, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, acentuou a mediocridade da situação, sugerindo que a Rússia, sob o comando de Putin, perdeu interesse em proteger al-Assad devido às suas próprias dificuldades, especialmente em relação à Ucrânia.

À medida que o futuro da Síria permanece incerto, observadores apontam para a necessidade de um diálogo inclusivo que envolva todas as partes interessadas para evitar uma nova escalada de violência e promover a estabilidade. O que acontece a seguir poderá definir novas alianças e a geopolítica da região, com a possibilidade de a Rússia e outros atores, como a China, desempenharem papéis mais ativos na busca por uma solução duradoura.

A situação está evoluindo rapidamente e muitos se perguntam: qual será o destino de Bashar al-Assad? E será que a Síria finalmente encontrará um caminho em direção à paz? Fique atento para mais atualizações sobre esse assunto em desenvolvimento.