São Paulo

O documentário "Pra Sempre Paquitas" tem gerado repercussão entre as ex-assistentes de palco de Xuxa, trazendo à tona memórias e experiências de um fenômeno da televisão brasileira que marcou gerações. Dentre elas, Bárbara Borges, que começou sua trajetória como paquita na adolescência, utilizou suas redes sociais para expressar sua indignação após assistir ao 4º episódio da produção.

Em uma postagem no Instagram, Bárbara revelou ter passado por uma forte crise de choro ao refletir sobre as dores e desafios enfrentados pelas paquitas ao longo dos anos. "Chegamos a um momento em que Marlene fez ajustes significativos no comportamento (nós não sofremos as mesmas dificuldades que as gerações anteriores), enquanto Xuxa continua em sua omissão, cegueira e egocentrismo. São muitas histórias dentro de uma mesma história", afirmou a ex-paquita.

Ela acrescentou que a menção às Paquitas da Nova Geração e da Geração 2000 foi apenas o começo, e que o documentário não conseguiu abordar de forma adequada as questões difíceis e traumáticas que muitas delas enfrentaram. "Não tivemos o mesmo espaço para 'colocar os pingos nos is' em relação à figura chave desse sonho: a Xuxa", disse Bárbara, que enfatizou que suas observações não são críticas diretas, mas reflexões sobre a vivência dela e das colegas.

Nesta semana, outra ex-paquita, Gisele Delaia, também se manifestou sobre o documentário. Ela revelou que não recebeu nenhum tipo de compensação pela participação na série e mostrou-se incomodada com perguntas sobre o tema. "Todo mundo já sabe o que está por trás deste documentário, vamos parar com a hipocrisia. Eu já tinha ciência do que viria e decidi participar. Minha vida não vai mudar por causa disso, nem do ponto de vista emocional, nem financeiro."

O documentário não apenas revive memórias, mas também provoca um debate sobre os desafios enfrentados por essas jovens ao longo de suas carreiras. De geração em geração, as Paquitas deixaram seu legado na televisão e na cultura pop do Brasil, e suas vozes continuam a ecoar na busca por reconhecimento e respeito.

É essencial lembrar que a trajetória das Paquitas vai muito além das câmeras, e a discussão em torno delas traz à luz questões de empoderamento feminino e a luta por condições dignas de trabalho, que ainda ressoam na indústria do entretenimento atual.