
Banco Genial Abandona Gestão de Fundo Envolvido em Investigação do PCC
2025-08-28
Autor: Maria
Desvios Milionários e Renúncia Imediata
O Banco Genial decidiu renunciar à gestão do Radford Fundo de Investimento Financeiro Multimercado Crédito Privado, que se tornou foco de investigações ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) na Operação Carbono Oculto. Essa decisão foi tomada até que as autoridades esclareçam as circunstâncias que cercam o caso.
Esquema de Lavagem de Dinheiro Desvendado
Dados da Receita Federal e do Ministério Público de São Paulo revelam que o Radford está implicado em um esquema de transferência de bens não disponíveis, indicando que cerca de R$ 100 milhões foram enviados da Usina Itajobi para esse fundo, por meio da fintech BK Instituição de Pagamento, supostamente vinculada ao PCC.
Banco Genial Alembra de Transparência
Em nota, o Genial destacou que soube da operação através da mídia e que, até o momento, não recebeu notificações oficiais sobre as investigações. A instituição também afirmou que o fundo foi estruturado por prestadores de serviços anteriores e transferido ao banco em agosto de 2024, seguindo rigorosos protocolos de compliance e governança.
Reitera Disponibilidade e Repúdio a Acusações
O Banco Genial reafirmou seu compromisso de transparência e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos. Destacou que repudia qualquer insinuação de envolvimento com as questões levantadas nas investigações.
A Fintech Sob Investigação
A fintech BK, conhecida como BK Bank, é um dos principais alvos da operação que visa desmantelar a infiltração do PCC no setor financeiro e de combustíveis. Estima-se que entre 2020 e 2024, a fintech movimentou R$ 46 bilhões de forma não rastreável.
Mecanismos de Lavagem de Dinheiro em Destaque
Os investigadores identificaram que parte das transações da BK envolvem dinheiro proveniente da venda clandestina de metanol, disfarçado no mercado formal através de contas que concentram depósitos de vários clientes, dificultando o rastreamento da origem dos recursos.
Suspeitas Recorrentes sobre o Grupo Mourad
Além da fintech, a força-tarefa investiga as operações do Grupo Mourad, ligado à cadeia de combustíveis, que teria relações diretas com membros do PCC e está sob suspeita de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. A empresa é vista como uma peça chave nas movimentações irregulares detectadas.
Desfechos e Implicações Futuras
Este caso revela a complexidade da lavagem de dinheiro e a crescente intersecção entre o crime organizado e as práticas financeiras. O desenrolar das investigações e as medidas que serão adotadas pelo Banco Genial e autoridades competentes serão cruciais para a restauração da confiança no setor financeiro.