O Banco do Brasil (BBAS3) lançou um alerta em nota oficial na sexta-feira (22), abordando o crescimento de "publicações enganosas e maliciosas" nas redes sociais, que buscam gerar pânico e influenciar a população a tomar decisões que poderiam comprometer suas finanças.

Entre as postagens preocupantes, uma se destacou: na terça-feira (19), o advogado Jeffrey Chiquini, que defende Felipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, aconselhou usuários no X (antigo Twitter) a retirarem seus depósitos do banco, dizendo: "Meu conselho a você que tem conta no Banco do Brasil: tire seu dinheiro de lá".

Em resposta, o Banco do Brasil afirmou que tomará as medidas legais necessárias para resguardar sua reputação, seus clientes e funcionários. A instituição assegurou que monitora essas questões de perto e conta com assessoria jurídica especializada para agir de acordo com práticas de governança e segurança financeira.

Além disso, destacou que a Lei 7.492/1986, que combate crimes financeiros, impõe penalidades severas para quem dissemina informações falsas sobre instituições financeiras, podendo resultar em reclusão de dois a seis anos.

Desafios financeiros à vista

O Banco do Brasil ainda enfrenta escrutínio devido aos seus resultados financeiros, com um relatório do segundo trimestre de 2025 revelando uma drástica queda de 60% no lucro em comparação ao ano passado.

A instituição teve problemas com grandes produtores rurais em sua carteira de crédito, que contribuíram para uma queda preocupante no retorno sobre patrimônio (ROE) para apenas 8,4% — o nível mais baixo desde 2016.

De acordo com as projeções do BB, os desafios financeiros devem persistir durante o terceiro trimestre de 2025, com a expectativa de melhora apenas no próximo ano.