Banco do Brasil (BBAS3) Afunda 3%: Descubra o Que Está Por Trás da Queda Dramática
2024-12-08
Autor: João
O Banco do Brasil (BBAS3) se destacou negativamente no mercado em uma sessão marcada por mau-humor geral, com o Ibovespa caindo 1,50%. A ação do banco viu uma queda expressiva de 2,94%, fechando a R$ 24,63, enquanto seus concorrentes, como Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), também enfrentaram perdas, mas em menor escala.
Investidores estão em alerta após o Goldman Sachs reduzir sua recomendação de compra para neutra, além de cortar o preço-alvo para R$ 26. O relatório aponta três fatores principais que podem impactar negativamente a performance do Banco do Brasil: 1. Deterioração da qualidade dos ativos, especialmente nos empréstimos do agronegócio; 2. Desaceleração no crescimento do Resultado de Intermediação Financeira (RII), pressionado pelos altos custos de financiamento; 3. Queda na contribuição do banco argentino Patagônia, que tem mostrado resultados abaixo do esperado.
Além disso, o Goldman Sachs prevê uma diminuição significativa no Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE), que deve cair dos 21% atuais para 19,5% em 2025 e para 18% em 2026, ultrapassando o 'limite psicológico' de 20%. Esse indicador é crucial para investidores e analistas, sendo considerado um 'número mágico' no mercado financeiro.
Por sua vez, o Citi também reavaliou sua recomendação, equiparando-a a neutra com um preço-alvo de R$ 26. Os analistas do Citi alertam que o cenário é desafiador para o setor bancário como um todo, com grande parte dos bancos já tendo utilizado suas 'munições' para manter a saúde financeira, resultando em elevados spreads e provisionamento em queda.
Ainda, o BTG Pactual manteve sua recomendação de compra, embora tenha destacado que prefere os papéis da BB Seguridade (BBSE3). Os analistas observam um contexto difícil em relação aos empréstimos não pagos (NPLs) no setor agrícola para os próximos trimestres.
Essa situação levanta a questão: o Banco do Brasil conseguirá se recuperar nesse cenário adverso? O mercado segue acompanhando de perto as movimentações para entender como o banco estatal irá se adaptar a essa nova realidade, especialmente diante das novas regulamentações da CVM 4.966, que prometem uma análise de risco mais rigorosa e que pode impactar o Banco do Brasil de forma mais intensa do que seus concorrentes.