Ciência

AVC e Infarto: Como Evitar Essas Doenças que Assolam o Mundo

2025-01-19

Autor: João

As doenças cardiovasculares estão no topo da lista das principais causas de morte em todo o mundo, seguidas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esses dados alarmantes, levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que milhares de vidas poderiam ser salvas com medidas simples e conscientização.

Um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, revela que quatro em cada cinco infartos em homens são evitáveis. Isso significa que, com mudanças simples no estilo de vida—como praticar atividades físicas regularmente, consumir uma dieta rica em frutas e legumes e abandonar hábitos nocivos, como fumar e o consumo excessivo de álcool—podemos fazer uma diferença significativa na saúde cardiovascular. Surpreendentemente, 90% dos casos de AVC também são considerados preveníveis. Para isso, é fundamental controlar fatores de risco como hipertensão e diabetes, além de manter uma alimentação equilibrada.

AVC: Sinais e Ações

O Ministério da Saúde alerta para os primeiros sinais de um AVC. É crucial buscar ajuda médica imediatamente se você notar: - Fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, especialmente de um lado do corpo; - Confusão mental ou dificuldade para entender; - Alterações na fala ou compreensão de linguagem; - Dificuldades de visão, seja em um ou ambos os olhos; - Perda de equilíbrio, coordenação, tontura ou dificuldade para andar; - Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente.

Em relação ao infarto, os sintomas típicos incluem dor ou desconforto no peito, que pode irradiar para as costas, mandíbula ou braços, dificuldade para respirar, as vezes confundida com dor abdominal. Em idosos, a falta de ar pode ser o único sinal. Estar atento a quaisquer alterações repentinas no corpo é fundamental.

Pesquisas Promissoras

No Brasil, várias iniciativas de pesquisa estão surgindo com potencial para revolucionar o diagnóstico e tratamento de AVCs e infartos. Na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o biomédico e neurocientista Wallace Gomes desenvolveu um neuroprotetor inédito, que visa minimizar os danos cerebrais após um AVC, protegendo as células e reduzindo as sequelas neurológicas. Este tratamento inovador está em fase de testes e tem potencial para ser utilizado em humanos em breve.

Além disso, a neurologista Eva Rocha, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), lidera estudos que buscam identificar a pressão arterial ideal para pacientes que já sofreram AVC, além de investigar como a pobreza aumenta o risco dessas doenças, especialmente no Norte e Nordeste do Brasil. Ela destaca que enxaquecas, especialmente com aura, podem ser fatores de risco frequentemente ignorados.

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisas sobre biomarcadores estão em andamento. O farmacêutico Rodrigo Rezende criou uma metodologia para identificar infartos de forma mais rápida e econômica usando componentes presentes no sangue. Paralelamente, o químico Luciano Rodrigues, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), desenvolve biossensores portáteis que permitem diagnose rápida em locais de emergência, facilitando o tratamento imediato.

Chamado à Ação

Estes avanços são vitais, mas as universidades brasileiras enfrentam a necessidade urgente de mais financiamento e suporte para traduzir esses estudos em produtos que impactem a sociedade. Portanto, é essencial que o governo e instituições privadas unam esforços para impulsionar a pesquisa científica e garantir que soluções inovadoras cheguem a quem mais precisa. A saúde de milhões pode estar em jogo, e a prevenção ainda é a melhor estratégia. Não espere um sinal de alerta para cuidar de sua saúde: comece agora!