Ataque devastador em Quetta resulta em 25 mortos

Na manhã deste sábado (9), um ataque terrorista em uma estação de trem em Quetta, no sudeste do Paquistão, deixou pelo menos 25 pessoas mortas e dezenas feridas. O atentado, que ocorreu às vésperas do feriado de Eid, foi registrado por câmeras de segurança e chocou a população local e o mundo inteiro.

A polícia local investiga o incidente e indicou que o ataque foi perpetrado por um homem-bomba vinculado ao grupo separatista Exército de Libertação Balúchi (BLA). De acordo com o inspetor-geral da polícia do Baluchistão, Mouzzam Jah Ansari, o alvo da explosão eram militares que estavam na estação, vinculados à Escola de Infantaria.

"A explosão detonou dentro da estação ferroviária enquanto o expresso com destino a Peshawar estava prestes a partir", afirmou o superintendente sênior de operações policiais, Muhammad Baloch.

Imagens capturadas por um repórter da AFP mostraram poças de sangue na plataforma, onde uma cobertura metálica que protegia os passageiros das chuvas foi totalmente destruída pela explosão. Uma das vítimas, Mohamed Umer, relatou o momento de terror: "Estava prestes a pegar um trem de volta para minha aldeia quando houve a explosão. Em segundos, fui atingido e hospitalizado".

Grupo separatista assume responsabilidade

O Exército de Liberação Balúchi (BLA) reivindicou a responsabilidade pelo ataque, afirmando que busca a independência do Baluchistão, uma província rica em recursos, mas marcada pela pobreza e desigualdade. Com uma população de cerca de 15 milhões de habitantes, a região enfrenta conflitos contínuos com diversos grupos insurgentes e o governo local.

O BLA culpa o governo paquistanês pela exploração injusta dos abundantes recursos de gás e minerais do Baluchistão, levando a um ciclo de violência e reivindicações de autonomia. Em agosto passado, o grupo também foi responsável por ataques coordenados que resultaram em 39 mortes, um dos episódios mais violentos da região.

Reação do governo e da comunidade internacional

Como resposta a este ato de terrorismo, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, afirmou que os responsáveis pelo ataque deste sábado "pagarão um preço alto". O governo promete reforçar a segurança nas estações de trem e investigar profundamente como o ataque pôde ocorrer em um local movimentado.

A repercussão do atentado gerou uma onda de indignação não apenas no Paquistão, mas também em comunidades internacionais que condenam a violência e a insegurança que afetam civis em tempos de festividades.

A comunidade internacional observa com atenção, enquanto o Paquistão se esforça para recuperar a segurança em suas regiões instáveis e enfrenta os desafios impostos por grupos extremistas.