Casos alarmantes de falsificação de Ozempic foram registrados em pelo menos seis cidades brasileiras. A capital fluminense foi cenário de um caso assustador, onde uma mulher foi internada recentemente após utilizar um produto falso. Outras cidades afetadas incluem Brasília (DF), Anápolis (GO), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Paty do Alferes (RJ). No Rio de Janeiro, já são pelo menos quatro delegacias investigando situações semelhantes, o que causa grande preocupação às autoridades e aos pacientes que dependem do medicamento.

Como identificar um Ozempic falsificado?

É fundamental que você esteja atento às características do produto. A caneta de Ozempic é de cor azul clara, com um botão de aplicação cinza. Em contrapartida, as canetas de insulina Fiasp apresentam cor azul escura, com botão laranja, portanto qualquer diferença de cor pode ser um bom indicativo de falsificação.

Verifique também se a embalagem apresenta alguma irregularidade. Desconfie se a caixa do medicamento estiver danificada, rasurada, em língua estrangeira, ou com informações que não coincidem com as do registro. É importante lembrar que o Ozempic 1 mg é comercializado exclusivamente em canetas pré-preenchidas para injeção.

A Novo Nordisk, fabricante do medicamento, esclarece que não há "nova fórmula" do Ozempic, já que o produto está no mercado desde 2019. Assim, fique alerta a quaisquer adesivos ou informações que indiquem novidades nas composições.

Preços muito abaixo do normal são outra bandeira vermelha. A fabricante informa que todos os produtos seguem a tabela da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que regula os preços de medicamentos no Brasil. O preço normalmente varia entre R$ 1.000 e R$ 1.300. Verifique sempre o valor oficial no site do governo para evitar surpresas.

Em caso de suspeitas ou dúvidas, procure informações. Tanto a população quanto os profissionais de saúde estão orientados a não usar produtos que apresentem suspeita de falsificação. A Novo Nordisk disponibiliza um serviço de atendimento ao consumidor de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo telefone 0800 014 44 88 ou 24 horas pelo e-mail: [email protected].

Cuidado: insulina pode ser um risco potencial à vida

A insulina é um hormônio vital utilizado no tratamento do diabetes, regulando o nível de glicose no sangue. No entanto, a administração inadequada pode resultar em sérios riscos à saúde, como a hipoglicemia.

Hipoglicemia é uma condição grave. Nos primeiros sinais, como taquicardia e tremores, é crucial agir rapidamente. Se a situação não melhorar, pode ocorrer uma reação do corpo, onde o cérebro libera adrenalina, tentando corrigir a baixa de glicose. Contudo, se a glicose ainda estiver insuficiente, a pessoa pode enfrentar neuroglicopenia e, em situações extremas, até convulsões ou coma. Levimar Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, já alertou que muitos pacientes não percebem os primeiros sintomas e acabam entrando em convulsão sem aviso. A hipoglicemia severa, se não tratada, pode ser fatal. Portanto, sempre tenha cuidado e busque orientação médica se necessário.