A cidade de Campo Grande está em estado de alerta após o registro de três novos casos de hepatite A neste mês de setembro. Embora o número de infecções ainda seja considerado baixo, o aumento desde o início do ano, quando apenas seis casos haviam sido diagnosticados, chamou a atenção das autoridades de saúde. O crescimento da doença em outras cidades, como Curitiba-PR, também contribuiu para a decisão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de emitir um alerta epidemiológico.

O comunicado, publicado na quarta-feira (25), fornece informações detalhadas sobre a hepatite A, incluindo suas características, modos de transmissão, sinais e sintomas, além da situação epidemiológica em Campo Grande. Nos últimos dez anos, foram registrados 124 casos na cidade, mas uma mudança significativa foi observada na faixa etária afetada. Anteriormente, a doença era mais comum entre adolescentes; atualmente, o foco está em jovens adultos, especialmente aqueles entre 20 e 24 anos.

Após um período sem casos registrados, a situação começou a mudar entre julho e agosto, quando quatro novos casos foram notificados, todos em jovens adultos de 20 a 29 anos, com predominância do sexo masculino. No total, Campo Grande agora conta com nove casos confirmados e três em investigação.

"Diante do aumento desses casos, é essencial reforçar as medidas de prevenção de saúde pública para evitar possíveis surtos da doença", afirma a Secretaria.

Uma das principais formas de prevenção é a vacinação, que está disponível no calendário vacinal do SUS (Sistema Único de Saúde). A vacina é oferecida para crianças a partir de 15 meses até 4 anos nas unidades de saúde do município.

Além da vacinação, medidas de higiene são cruciais para evitar não apenas a hepatite A, mas também outras doenças. As recomendações incluem: consumir apenas água tratada, fervida ou filtrada; lavar bem frutas e verduras antes do consumo; cozinhar alimentos, especialmente frutos-do-mar e peixes; higienizar as mãos frequentemente; evitar a instalação de fossas próximas a poços e nascentes; e praticar sexo seguro utilizando preservativos, além de realizar boa higiene antes e após as relações sexuais.

Por outro lado, a situação em Curitiba também é alarmante. Entre janeiro e 13 de setembro, a cidade registrou 503 casos de hepatite A, com cinco mortes e dois transplantes de fígado relacionados à doença. A área mais afetada é a de indivíduos entre 20 e 29 anos, com 369 homens (73,3%) e 134 mulheres (26,7%) afetados. Dentre os 503 casos confirmados, 297 pessoas (59%) necessitaram de internação hospitalar, e 13 (2,5%) precisaram de cuidados intensivos em UTI. Como parte das medidas de contenção, a Secretaria Municipal da Saúde vacinou 257 pessoas, incluindo familiares e parceiros sexuais dos indivíduos diagnosticados nos últimos 15 dias.

É fundamental que a população esteja ciente dessas informações e atente às recomendações para evitar a propagação da doença. Cuide da sua saúde e de quem você ama! Fique ligado nas atualizações e mantenha-se informado!