Arroz: o alimento que pode estar mais perigoso do que imaginamos!

Mais da metade da população mundial se alimenta de arroz diariamente, superando até os grãos de trigo e milho. Mas um estudo alarmante revela que, com o aquecimento global, os níveis de arsênio no arroz estão aumentando, o que pode ter consequências graves para a saúde.

O que é arsênio e quais os riscos?

O arsênio é uma substância química nociva, presente em quase todo arroz, resultado da contaminação do solo onde é cultivado. As quantidades de arsênio podem variar, mas a exposição a esse elemento, mesmo em pequenas concentrações, está associada a problemas graves, como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes.

Situação no Brasil e limites seguros

Embora a concentração de arsênio no arroz brasileiro normalmente esteja dentro dos limites seguros estabelecidos pela Anvisa (0,20 mg/kg para arroz branco e 0,35 mg/kg para arroz integral), o consumo contínuo pode ser preocupante, especialmente para populações vulneráveis.

Mudanças climáticas: um agravante imprevisível

Pesquisadores na China descobriram que o aumento das emissões de CO2 e das temperaturas está diretamente ligado ao aumento da contaminação por arsênio no arroz. Um estudo estima que isso pode levar a cerca de 19,3 milhões de casos adicionais de câncer apenas na China se as tendências atuais continuarem.

Como o arroz é cultivado e a relação com o arsênio?

Cerca de 75% do arroz mundial é cultivado em arrozais irrigados. Nesse ambiente, a falta de oxigênio no solo favorece bactérias que tornam o arsênio mais acessível às plantas. Esse processo poderá ser intensificado com as mudanças climáticas, fazendo com que mais arsênio seja absorvido pelo arroz.

Medidas necessárias para combater o problema

Os cientistas alertam que é urgente desenvolver novas práticas agrícolas para mitigar a contaminação. Testes mostram que técnicas de irrigação alternada podem reduzir os níveis de arsênio. Além disso, um controle mais rigoroso sobre os níveis permitidos de arsênio no arroz é crucial.

A população em risco e o futuro do arroz

Os riscos de contaminação são mínimos em uma dieta média. No entanto, em comunidades que dependem do arroz como alimento básico, esses riscos se acumulam e podem resultar em sérias consequências de saúde a longo prazo.

Em busca de soluções eficazes

Especialistas concordam que, embora não possamos eliminar o arroz da mesa, precisamos implementar estratégias diferentes na sua produção e consumo, especialmente direcionando variedades com menor concentração de arsênio para crianças e gestantes.

O futuro do arroz em um mundo afetado pelas mudanças climáticas depende da nossa capacidade de agir agora. Monitoramentos mais rigorosos e soluções inovadoras são urgentes para garantir que este alimento essencial continue seguro.