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Asteroide 2024 YR pode ameaçar a Terra em 2032? Especialista esclarece as possibilidades
2025-01-30
Autor: Lucas
Recentes cálculos indicam uma intrigante possibilidade de 1,2% de impacto do asteroide 2024 YR na Terra, com previsão para 22 de dezembro de 2032. Essa porcentagem representa um aumento significativo em relação aos estudos iniciais, que estimavam menos de 0,1% de chance. Desde sua descoberta pelo sistema Atlas no Chile em 27 de dezembro de 2024, o 2024 YR passou a ser observado de perto por astrônomos.
O que faz com que esse asteroide seja tão preocupante? Com um tamanho de cerca de 55 metros, um impacto desse objeto traria uma energia devastadora, equivalente a 8,1 milhões de toneladas de TNT, capaz de aniquilar uma cidade inteira.
Entretanto, especialistas alertam que há grandes incertezas a serem enfrentadas. À medida que novas observações são realizadas, a trajetória do asteroide é refinada, e geralmente, isso resulta em uma diminuição das probabilidades de colisão.
Em relação à escala de Turim, o 2024 YR foi classificado como nível 3, o que significa que há mais de 1% de chance de impacto, e potencial para causar destruição em áreas localizadas. Essa classificação é a mais alta registrada desde 2004, quando o asteroide Apophis atingiu o nível 4 antes de ter seu risco descartado. A escala vai de 0 a 10, onde nível 0 é para objetos sem risco e nível 10 é reservado para colisões catastróficas.
Romário Fernandes, professor de astronomia no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, enfatizou a importância de monitorar com atenção o 2024 YR, pois mesmo uma mínima possibilidade de impacto requer vigilância.
"Se este asteroide de fato atingisse uma cidade, o estrago seria catastrófico. No entanto, se colidisse no oceano ou áreas desabitadas, os danos seriam bem menores", adicionou Fernandes, destacando fatores cruciais como a massa, a velocidade e o local do impacto na determinação da extensão dos danos.
Atualmente, as sondagens apontam uma distância de aproximação que varia entre 765 km e impressionantes 1,6 milhão de km da Terra, com uma incerteza considerável sobre quando ocorrerá essa máxima aproximação.
Os astrônomos continuam a refinar os dados, e se o risco se mantiver, estratégias de defesa poderão ser elaboradas, como a possibilidade de desviar o asteroide de sua rota.
Embora o aumento de 0,1% para 1,2% nas probabilidades possa soar alarmante, isso é relativamente comum no que diz respeito ao monitoramento de asteroides. Conforme os dados se tornam mais confiáveis, são descartadas as rotas mais distantes, o que pode, momentaneamente, aumentar a probabilidade de colisão.
Se, em um cenário extremo, o asteroide 2024 YR colidir com o oceano, a consequência poderia ser uma onda gigante conhecida como tsunami. No entanto, a dimensão dos impactos dependeria da energia liberada e de onde o impacto realmente ocorresse. O especialista reforçou que a maior parte da superfície da Terra é coberta por água ou áreas inabitadas, reduzindo desta forma a probabilidade de danos em áreas populosas.
A vigilância constante e o investimento em tecnologias de monitoramento são essenciais para evitar surpresas. Mesmo que atualmente as chances de impacto sejam baixas e a expectativa é de que diminuam à medida que mais observações sejam realizadas, é crucial acompanhar o 2024 YR. Isso assegura que, se necessário, ações preventivas possam ser executadas.
Em suma, o asteroide 2024 YR é uma preocupação, mas a situação não é alarmante. Com o tempo e um monitoramento adequado, as chances de um impacto catastrófico tendem a serem reduzidas, e enquanto isso, poderemos observar o céu durante o calendário astronômico, que promete eventos como chuvas de meteoros em fevereiro de 2025.