As Origens Surpreendentes do Beijo Reveladas — Você Nunca Vai Acreditar!
2024-11-01
Autor: Fernanda
Um estudo inovador, publicado em 17 de outubro na revista Evolutionary Anthropology, lança luz sobre as origens evolutivas do beijo, trazendo à tona uma teoria que pode ser, no mínimo, repugnante. O primatologista e psicólogo Adriano Lameira, responsável pela pesquisa na Universidade de Warwick, no Reino Unido, sugere que esse ato de afeto pode ter surgido como um comportamento de limpeza, utilizado por primatas para eliminar parasitas — algo que certamente mudará sua percepção sobre essa prática tão comum!
O estudo revela que, nos primatas, a ação de beijar pode ser visualizada como um instinto de limpar a boca de outro indivíduo, envolvendo a sucção dos lábios para remover sujeira ou parasitas. Isso faz com que o beijo deixe de ser apenas um ato romântico e se torne um ritual, que inicialmente tinha uma função de higiene entre os animais.
A relevância desse hábito, segundo Lameira, diminuiu ao longo da evolução humana devido à perda de pelos em nosso corpo, mas ainda assim, sessões de beijo mais curtas podem ter preservado um vestígio desse antigo comportamento, que antes ajudava a fortalecer laços sociais. Estudos anteriores já mostraram que os primatas utilizam a tosa (a remoção de pelos) não apenas para limpeza, mas também para estabelecer laços e hierarquias dentro dos grupos.
Mas como essa prática do beijo evoluiu até chegar aos humanos modernos? Teorias tradicionais associam o beijo à passagem de alimentos mastigados, mas Lameira refuta essa ideia, argumentando que o beijo envolve uma dinâmica diferente de franzir os lábios e sucção, o que não se aplicaria a essa hipótese. Além disso, há uma segunda teoria que sugere que o beijo pode ter surgido da prática de cheirar outras pessoas como uma forma de inspeção social — uma maneira de se conectar e avaliar a saúde e a compatibilidade de um indivíduo.
Interessantemente, o “beijo final do tosador” é destacado como um vestígio cultural que podemos ter herdado — após a limpeza de pelos, os primatas frequentemente finalizavam o processo com um beijo, garantindo que todas as impurezas fossem removidas completamente.
Embora essa teoria sobre as origens do beijo possa parecer estranha, ela se alinha com o entendimento evolutivo do comportamento humano e animal. No entanto, os pesquisadores continuam a enfatizar que mais investigações são necessárias para explorar completamente essa conexão.
Adriano Lameira conclui que, para entender melhor o desenvolvimento do beijo humano e outros comportamentos exclusivos da nossa espécie, é fundamental considerar também o contexto socioecológico e cognitivo de nossos ancestrais. Portanto, na próxima vez que você se encontrar beijando alguém, lembre-se de que, de alguma forma, você pode estar permanecendo fiel a um comportamento profundamente enraizado na evolução humana!