Mundo

As Baleias e Golfinhos Espiões: Revelações Surpreendentes sobre o Uso de Animais em Conflitos

2024-09-22

As histórias de animais usados como espiões em operações militares ganham um novo capítulo com a recente morte de Hvaldimir, uma beluga que ficou famosa por ter sido encontrada na Noruega em 2019 com equipamentos suspeitos. O grupo OneWhale divulgou a imagem do animal encontrado morto em águas norueguesas no dia 31 de agosto, com um ferimento profundo que deixa parentes intrigados sobre a causa de sua morte, levantando a hipótese de que Hvaldimir poderia ter sido alvo de caçadores.

Hvaldimir, que se tornou uma sensação nas redes sociais, foi inicialmente avistada vestindo uma espécie de sela com a inscrição "equipamento de São Petersburgo" em cirílico, o que alimentou especulações de que ela poderia ser um espião do governo russo. Desde então, a beluga se tornou o símbolo de uma intrigante interseção entre a vida marinha e as operações de espionagem militar.

A relação da Rússia com o uso de animais em operações de espionagem não é uma coincidência. Relatos indicam que o Instituto de Biologia Marinha de Murmansk, uma cidade no extremo norte da Rússia, abriga um programa militar que utiliza focas e belugas para tarefas complexas. Vídeos e documentos vazados sugerem que esses mamíferos marinhos são empregados em missões de reconhecimento e sabotagem.

Em uma análise do Instituto Naval dos Estados Unidos, afirma-se que esses animais podem ser treinados para executar uma variedade de funções, como reconhecimento de áreas, remoção de artilharia e até mesmo na colocação de minas subaquáticas. Isso se torna ainda mais relevante à medida que tensões geopolíticas aumentam no Ártico.

Os golfinhos, conhecidos por sua inteligência e agilidade, também estão no centro dessa narrativa. Imagens de satélites revelaram gaiolas flutuantes, supostamente para golfinhos, próximas ao porto de Sebastopol na Crimeia. Isso leva a crer que esses animais estão sendo preparados para desativar tentativas de sabotagem feitas por mergulhadores ucranianos. O uso de suas habilidades naturais de sonar transforma esses mamíferos em ativos valiosos nas operações subaquáticas.

Essa prática não se limita apenas à Rússia. O exército dos EUA, por exemplo, possui um centro de treinamento para golfinhos em San Diego, onde esses animais são ensinados a realizar missões similares. Por isso, o uso de mamíferos marinhos em estratégias militares é uma realidade alarmante que desafia a compreensão tradicional sobre guerra e espionagem.

O que podemos esperar para o futuro? Conforme novas tecnologias emergem, a possibilidade de utilizar outros animais para espionagem e tarefas militares aumenta, tornando-se um campo a ser explorado em operações secretas de países ao redor do mundo.