John Textor, o proprietário do Botafogo, decidiu não atender ao pedido de aumento salarial feito por Artur Jorge, agora ex-técnico da equipe. Insatisfeito com o salário atual de 3 milhões de euros por ano (aproximadamente R$ 19,3 milhões), o treinador português buscava equiparar seus ganhos aos 6 milhões de euros anuais que Abel Ferreira, seu compatriota, recebe no Palmeiras.

Apesar de ter conquistado o título da Libertadores e o Campeonato Brasileiro, Artur Jorge não se sentiu valorizado e queria ser compensado de maneira justa, exigindo uma remuneração mensal de cerca de R$ 3,1 milhões. A negativa de Textor foi categórica: "O compromisso vale até 2027", relatou ao estafe do técnico.

Esse episódio não é isolado na trajetória de Textor, que já teve uma experiência angustiante com Luiz Castro, que deixou o Botafogo a caminho do Al Nassr, em momento oportuno, impulsionado pela oferta de Cristiano Ronaldo e por um aumento salarial significativo. Ao todo, o Botafogo viu-se despojado de um técnico no auge, enquanto Castro garantia uma rescisão de R$ 10 milhões.

Agora, Artur Jorge, após receber um bônus de R$ 17,1 milhões pelas vitórias no Campeonato Brasileiro e na Libertadores e percebendo que a sua situação continuava insustentável, decidiu aceitar a proposta do Al-Rayyan, que pagou a multa rescisória de 2 milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões) sem hesitar.

A impressão é que o Botafogo, ambicioso e com um elenco titular forte, ficou desprovido de um técnico em um momento crucial. Textor, perplexo, se deparou com a realidade do mercado em que está inserido, onde as conquistas e as festas são importantes, mas o salário é o que realmente importa.

Agora, ele começará a busca por um novo treinador, e nomes como Luiz Castro estão em análise. Até mesmo o renomado José Mourinho, um nome midiático de peso, foi mencionado como uma possibilidade. A definição do novo comandante do Botafogo deve ocorrer nas próximas horas, em um cenário que permanece incerto para o futuro do clube carioca.