
Armínio Fraga Sugere Congelar Salário Mínimo por Seis Anos para Salvar a Previdência
2025-04-14
Autor: Julia
Medida Polêmica para Ajudar a Previdência Social
Armínio Fraga, renomado economista e ex-presidente do Banco Central, propôs uma ideia que promete gerar polêmica: congelar o salário-mínimo por um período de seis anos. Fraga acredita que essa medida é crucial para equilibrar as contas da Previdência Social, que segundo ele, enfrenta um cenário alarmante.
Crise na Previdência: Um Alerta Necessário
Durante sua participação na Brazil Conference, realizada em Harvard e MIT, Fraga destacou que a situação da Previdência Social brasileira está se deteriorando rapidamente. A combinação do envelhecimento da população e das regras atuais convidam a uma reforma significativa. "Precisamos congelar o salário mínimo em termos reais. Seis anos congelados já ajudariam", afirmou.
Impacto do Salário Mínimo nas Aposentadorias
O salário-mínimo também serve como base para aposentadorias e diversos benefícios sociais, sendo uma referência crucial para milhões de brasileiros.
Reforma do Estado e Gastos Públicos
Fraga enfatizou a urgência de reformar não apenas a Previdência, mas também o setor público, alertando que a folha salarial do governo consome cerca de 80% dos gastos primários. O economista sugere que esses custos precisam ser reduzidos para garantir um futuro sustentável.
Desafios Fiscais e Comparação Internacional
Em uma crítica à gestão fiscal atual, Fraga comparou o novo marco fiscal a uma Ferrari em alta velocidade, alertando que essa trajetória pode levar ao desastre. Ele ressaltou que a economia brasileira deveria crescer mais rapidamente do que a dos Estados Unidos, aproveitando suas oportunidades.
Um Chamado à Ação
O ex-presidente do BC concluiu sua fala ressaltando que, além da reforma fiscal, o Brasil deve enfrentar questões como crime organizado, desigualdade social e educação. Enquanto os desafios são múltiplos, Fraga acredita que um planejamento cuidadoso pode colocar o Brasil de volta nos trilhos.
Críticas ao Externo e Necessidade de Autonomia
Em outra frente, Fraga criticou a postura do presidente norte-americano, afirmando que o tratamento dado aos aliados é preocupante. Ele defendeu que o Brasil deve manter sua independência nas relações internacionais, evitando reverberações de um 'terceiro mundismo'.
Com essa declaração ousada, Armínio Fraga suscita um debate crucial sobre o futuro econômico do Brasil e a responsabilidade com as gerações que virão.