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Argentina se Isola na ONU com Votação Contra Resolução de Fim da Violência a Mulheres e Meninas

2024-11-14

Autor: Fernanda

Em uma decisão que chocou o mundo, a Argentina se tornou o único país a votar contra uma importante resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que busca o fim da violência contra mulheres e meninas. A proposta foi amplamente aprovada com 170 votos a favor, incluindo o respaldo de nações influentes como Brasil e Estados Unidos. Além da Argentina, 13 países optaram por se abster, entre eles Irã, Rússia e Coreia do Norte.

Apresentada na quinta-feira (14), a resolução tinha o objetivo de "intensificar os esforços para prevenir e eliminar todas as formas de violência contra mulheres e meninas". A decisão da Argentina gerou controversas nas redes sociais, onde internautas criticaram o governo de Javier Milei de maneira incisiva. Comentários como "Outra vergonha do governo Milei" e "Passar vergonha na comunidade internacional tem sido um lema do governo" foram amplamente compartilhados.

Este não foi um caso isolado para a nova administração argentina. Apenas três dias antes, o país já havia sido criticado por votar contra uma resolução que protegia os direitos dos povos indígenas, assumindo uma postura controversa em sua primeira participação na ONU sob a liderança do novo Ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein.

A recente postura da Argentina na ONU resultou em demissões notáveis dentro do governo. O presidente Javier Milei afastou a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, após a Argentina apoiar uma resolução em prol do fim do embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba. Essa votação, ocorrida na Assembleia Geral da ONU em 30 de outubro, teve 187 votos a favor, com os EUA e Israel se opondo à medida.

Em uma declaração, o gabinete presidencial alegou que a Argentina está passando por um período de mudanças profundas, que necessitam de uma representação diplomática mais alinhada com as "características das democracias ocidentais". Além disso, o governo anunciou a intenção de conduzir uma auditoria na área de Relações Exteriores para identificar o que considerou ser promotores de "agendas contrárias à liberdade".

Essas atitudes levantam questionamentos sobre a nova política exterior da Argentina e seu impacto nas relações internacionais. A possibilidade de um isolamento diplomático se torna cada vez mais palpável, trazendo incertezas sobre o futuro do país na arena global.