Em uma revelação surpreendente, o ex-árbitro chileno Carlos Chandía, em entrevista à ESPN chilena, revelou que decidiu não expulsar Lionel Messi durante a semifinal da Copa América de 2007 em troca da camisa do craque. A partida, que ocorreu no Estádio Olímpico de La Plata, viu a Argentina enfrentar o México em um jogo cheio de emoções.

Naquele jogo marcado pela intensidade, Messi, que na época atuava com apenas 20 anos e usava a camisa número 18, cometeu uma infração ao tocar a bola com a mão no meio de campo. Curiosamente, estava com um cartão amarelo já em mãos devido a uma falta anterior. Chandía, que estava na elite da arbitragem internacional e tinha experiência em competições da FIFA e Conmebol, apitou a infração e, em vez de aplicar o cartão vermelho, optou por uma abordagem inusitada.

"Eu disse a ele: 'Esta jogada é para amarelo, mas vai custar seu uniforme'. E assim, não mostrei o cartão. Faltavam apenas dois minutos e meio para o fim do jogo", explicou Chandía.

Após o apito final, Messi cumpriu sua parte do 'acordo' e entregou a camisa 18 a Chandía no vestiário, contrariando sua vontade inicial de fazer isso em campo. O árbitro, que se tornaria uma figura polêmica entre os torcedores e críticos da arbitragem, admitiu que a troca foi mais uma lembrança pessoal do grande jogador que, anos depois, se tornaria considerado uma lenda do futebol mundial.

Essa confissão do ex-árbitro levanta questões sobre a ética da arbitragem no futebol e o quanto a paixão pelo jogo pode influenciar decisões em campo. Com mais de uma década desde aquela partida, os fãs ainda se perguntam como teria sido a trajetória de Messi se ele tivesse sido punido naquela ocasião.

Resta agora refletir sobre o impacto que ações como essa têm na história do futebol e como, às vezes, os momentos improváveis podem se transformar em grandes histórias que marcam gerações.