O aposentado Francisco Hélio dos Santos, de 67 anos, residente no Jardim Luiza I, zona norte de Franca, enfrenta uma situação angustiante: há quase 60 dias, ele está à espera de exames médicos na rede pública do SUS (Sistema Único de Saúde).

Diagnosticado com câncer de próstata, Francisco passou por uma cirurgia no dia 16 de setembro deste ano, com o objetivo de avaliar a gravidade da doença. Após o procedimento, o médico solicitou uma tomografia mais detalhada para determinar a evolução do quadro. Desde então, o aposentado permanece na fila de espera, sem saber quando poderá realizar o exame.

"A cirurgia foi em 16 de setembro, mas não obteve sucesso e ele precisa fazer uma tomografia para entender a situação da doença. Já se passou muito tempo e ele não é chamado nem para o exame, nem para iniciar qualquer tipo de tratamento", desabafou Francisco Henilton Almeida dos Santos, filho do paciente.

Francisco, que realizou os procedimentos iniciais no Hospital do Câncer de Franca, depende deste novo exame para dar início ao tratamento adequado. O médico indicou um novo exame de mapeamento e um tratamento de radioterapia, e o estado emocional do aposentado também é preocupante, pois ele está lidando com depressão severa.

Situação alarmante

Casos como o de Francisco são alarmantemente comuns no Brasil, onde a demanda por serviços de saúde muitas vezes supera a capacidade do sistema público. Pacientes diagnosticados com condições graves enfrentam longas esperas por exames e tratamentos essenciais, o que pode agravar ainda mais seu estado de saúde. Segundo dados recentes, a fila para exames e consultas no SUS tem aumentado, levando muitos a buscarem alternativas em clínicas particulares, o que nem sempre é viável financeiramente.

Buscando respostas, a DRS/8 (Diretoria Regional de Saúde) do Estado foi contatada para fornecer informações sobre o andamento do prontuário de Francisco, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta.