Anvisa Aprova Novos Medicamentos Similares ao Ozempic: O Que Esperar?
2024-12-26
Autor: Pedro
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu um passo importante nesta terça-feira (24) ao aprovar a produção e comercialização de dois novos medicamentos nacionais que fazem parte da mesma classe dos análogos do GLP-1, assim como o Ozempic e Wegovy, ambos da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk. Esses medicamentos, desenvolvidos pela empresa brasileira EMS, são chamados Olire e Lirux, e devem chegar às farmácias brasileiras até 2025.
O Olire será utilizado para o tratamento da obesidade, enquanto o Lirux se concentrará no controle de diabetes tipo 2. Ambos utilizam a liraglutida como princípio ativo, o mesmo utilizado nas canetas injetáveis Saxenda e Victoza. Com a expiração da patente da liraglutida este ano, abre-se um novo horizonte no mercado farmacêutico brasileiro, permitindo a introdução de novas opções de tratamento.
Além do Ozempic e Wegovy, que contêm semaglutida, a nova gama de medicamentos promete aumentar a concorrência no mercado e oferecer alternativas mais acessíveis aos pacientes. Vale ressaltar que a liraglutida é administrada diariamente, enquanto que o uso da semaglutida é semanal.
Produção Nacional e Expectativas
Os novos medicamentos serão fabricados integralmente no Brasil, com uma produção focada em alta qualidade e tecnologia local. O Lirux terá doses de até 1,8 mg diárias e será oferecido em embalagens que variam de uma a dez canetas. Já o Olire terá doses de até 3 mg ao dia, disponível individualmente ou em pacotes de três ou cinco canetas. O presidente da EMS, Carlos Sanchez, destacou: "Estamos fabricando um produto do zero, reforçando nossa posição no mercado farmacêutico brasileiro e transformando a produção local."
A fase piloto de produção já começou e a expectativa é de que 40 milhões de unidades sejam produzidas até março de 2025.
Efeitos e Riscos dos Medicamentos
Ambos os medicamentos interagem com os receptores de GLP-1 no organismo. No pâncreas, aumentam a produção de insulina, enquanto retardam a digestão no estômago e promovem a saciedade no cérebro. Contudo, o uso inadequado pode resultar em efeitos colaterais significativos, como obstipação, diarreia e náusea.
É importante ressaltar que o uso destes medicamentos é contraindicado para pessoas com histórico de pancreatite, cálculos na vesícula biliar, anemia, problemas de tireoide, ou para aqueles que buscam uma mera redução de peso sem a necessidade clínica. O acompanhamento médico é essencial para monitorar os efeitos durante o tratamento.
Um Futuro Promissor
Com a aprovação destes medicamentos pela Anvisa, espera-se que mais opções de tratamentos sejam disponibilizadas aos indivíduos que sofrem com a obesidade e diabetes tipo 2, promovendo a saúde da população brasileira. O que muitos se perguntam agora é: os novos lançamentos irão realmente impactar o mercado e oferecer alternativas eficazes para o tratamento desses problemas? Fique atento para mais novidades sobre o assunto!