Na grande festa de Réveillon 2025 em Copacabana, a renomada cantora Anitta gerou um alvoroço durante sua apresentação ao abordar temas sexuais em suas músicas. Trechos de seu show foram censurados pela TV Globo na madrugada do dia 1º de janeiro, quando Anitta cantou versos da música 'Capa de Revista', do seu álbum mais recente 'Ensaios da Anitta'. As partes omitidas incluíam referências explícitas, como a cantora sendo chamada de "puta" e afirmando que "sabe fazer sexo oral".

A decisão da emissora de silenciar o microfone de Anitta durante partes dessa música gerou uma verdadeira onda de reações nas redes sociais, com muitos internautas considerando a atitude uma forma de censura. A repercussão nas plataformas digitais chamou a atenção de usuários e fãs, que defendem a liberdade de expressão da artista.

Além da controvérsia ligada ao conteúdo das letras, outro momento de destaque foi durante a apresentação de 'Double Team', uma colaboração com a cantora espanhola Bad Gyal. O figurino dos dançarinos de Anitta foi interpretado como uma referência ao crime organizado, provocando debates acalorados entre os espectadores. Enquanto a cantora exibia a letra que dizia ser "bem puta", os dançarinos se apresentaram com acessórios que cobriam seus rostos, reminiscentes de balaclavas.

A letra da música 'Capa de Revista' é uma provocação direta aos estereótipos de gênero e um manifesto de empoderamento feminino. "Eu sou bonita, inteligente, sou formada e dou pra muita gente", canta Anitta, refletindo sobre sua carreira e a forma como é percebida na sociedade.

O ponto alto da apresentação deixou muitos fãs emocionados, enquanto críticos deliberavam sobre a adequação das temáticas abordadas no horário em que foi exibido, levantando questões sobre os limites da arte na televisão. Essa performance, sem dúvida, solidifica Anitta como uma figura polarizadora, que não hesita em desafiar normas sociais e artísticas.

A repercussão do show é um lembrete de como a música e a cultura pop podem instigar discussões sobre questões sociais e identitárias, fazendo com que o público reflita sobre os papéis de gênero e sexualidade na sociedade contemporânea. Sem dúvida, Anitta continua a ser uma artista que não tem medo de chocar e provocar conversas necessárias.