Nação

Anistia em Debate: O que a Sentença de Bolsonaro Pode Significar para o Futuro da Câmara

2025-09-02

Autor: Lucas

Câmara se Prepara para Avanço da Anistia Após Julgamento de Bolsonaro

As lideranças da Câmara dos Deputados, incluindo muitos aliados do governo, estão otimistas quanto ao avanço do projeto de lei da anistia. Este projeto busca perdão para aqueles que foram presos ou condenados em relação à tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023. O clima está agitado, especialmente com a expectativa de que a sentença do ex-presidente Jair Bolsonaro seja divulgada até a terceira semana de setembro.

Apoio Crescente Entre os Partidos

Partidos como PP, União, Republicanos e PSD se reuniram nesta terça-feira para confirmar seu apoio à pauta. Durante essa reunião, o líder do PT, Lindbergh Farias, declarou que, pela primeira vez, vê uma chance real de a anistia avançar. Segundo ele, a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi um divisor de águas para os partidos centristas.

"Acredito que agora a anistia pode realmente avançar", disse Farias. Membros da base governista ressaltam que, após avaliarem a situação, perceberam que investir na pauta da anistia é crucial para reconquistar os eleitores de Jair Bolsonaro para as eleições de 2026.

Discussões Intensas na Câmara

O presidente da Câmara, Hugo Motta, enfatizou que a questão da anistia precisará ser abordada nos próximos dias e já planejou uma nova reunião sobre o tema até quinta-feira, com as lideranças partidárias. Sostenes Cavalcante, líder do PL, mostrou-se confiante quanto ao avanço do projeto, especialmente com o suporte dos partidos centristas.

"Hugo Motta se comprometeu a discutir a matéria", afirmou Sostenes, que também defendeu um texto de anistia mais abrangente. Ele sugeriu que a proteção se estenda não só a quem participou diretamente dos atos de 8 de janeiro, mas também a quem foi acusado de incitar ou organizar a tentativa de golpe, o que incluiria Jair Bolsonaro.

Limitações e Considerações Finais

Entretanto, segundo Sostenes, os militares acusados de planejar um atentado contra o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, ficariam de fora dessa anistia. A proteção a Jair Bolsonaro não implicaria a reversão da inelegibilidade, apenas o livraria da prisão.

Além disso, as lideranças de centro alertam que, caso a proposta avance, ela deverá ser elaborada em conformidade com ministros do Supremo Tribunal Federal, incluindo o relator Alexandre de Moraes. Um confronto com o STF não está nos planos de Motta, nem do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.