Negócios

Americanas (AMER3) surfa na recuperação: lucro de R$ 10,28 bilhões no terceiro trimestre surpreende investidores!

2024-11-13

Autor: Carolina

Resultados do 3T24

A Americanas (AMER3) divulga resultados impressionantes para o terceiro trimestre de 2024 (3T24). A gigante do varejo brasileiro registrou um lucro líquido de R$ 10,279 bilhões, revertendo um prejuízo de R$ 1,630 bilhão no mesmo período do ano anterior. A receita líquida se manteve praticamente estável, totalizando R$ 3,197 bilhões, mesmo cenário visto em 2023.

Desempenho do GMV e Ebitda

O volume bruto de mercadorias (GMV) também teve um desempenho interessante, alcançando R$ 4,704 bilhões, apesar de uma leve queda em relação a R$ 4,898 bilhões no ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) mostrou uma recuperação significativa, passando de um valor negativo de R$ 368 milhões em 2023 para R$ 547 milhões neste último trimestre. Comparativamente, a companhia havia registrado um Ebitda negativo de R$ 2,80 bilhões ao longo de 2023, o que acentua a magnitude dessa reversão.

Reestruturação Financeira

Em um comunicado, a empresa anunciou que, “Eliminamos quase a totalidade das dívidas concursais e transformamos a Americanas em uma empresa com dívida equivalente ao seu volume de caixa e recebíveis, endereçando a estrutura de capital. A reestruturação também resultou na reversão do patrimônio líquido da companhia de R$ 30,4 bilhões negativos em junho de 2024 para R$ 5,7 bilhões positivos ao fim de setembro de 2024.”

Impactos e Expectativas Futuras

Este é o primeiro balanço apresentado pela Americanas após a reestruturação, que incluiu capitalização e pagamento da maioria dos credores. O lucro da empresa foi impactado por diversos efeitos relacionados à execução do seu Plano de Recuperação Judicial e à quitação de dívidas concursais. Um dos principais fatores foi o reconhecimento como receita financeira dos haircuts gerados durante a quitação das dívidas com os credores financeiros, além da reversão de juros e atualizações monetárias. Porém, a companhia também registrou como despesa a baixa do ativo diferido de Imposto de Renda, devido à utilização de prejuízos fiscais no montante de R$ 4,2 bilhões.

Conclusão

Este resultado indica não apenas uma saudável reestruturação financeira, mas também uma nova fase para a Americanas, que agora mira um crescimento sustentável e estabilidade no setor de varejo, desafiando as expectativas negativas do mercado. A recuperação da Americanas poderá inspirar outras empresas em dificuldade, mostrando que é possível superar crises financeiras com uma estratégia adequada. O futuro parece promissor - será que esta recuperação sustentará o crescimento a longo prazo?