Alerta: Grande São Paulo possui mais de 7.000 áreas em risco de desastres climáticos!
2024-10-31
Autor: Julia
A Grande São Paulo se revela um ponto crítico quando se trata de desastres climáticos, com 7.278 áreas identificadas como suscetíveis a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento das margens de rios, de acordo com um novo mapeamento da Plataforma de Gestão de Riscos de Desastres Naturais, divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Instituto de Pesquisas Ambientais, ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Entre as áreas mais afetadas, Franco da Rocha destaca-se, especialmente após a tragédia de 2022, que causou a morte de sete integrantes de uma mesma família em um deslizamento. O local, assim como Mauá, no Grande ABC, figura nas listas de maior vulnerabilidade a desastres naturais. Importante frisar que a capital São Paulo terá um sistema próprio, com novidades a serem apresentadas pelo governo nesta quinta.
O Litoral Norte, palco da maior tragédia natural já registrada em São Paulo, também receberá atenção especial. Um programa focado no combate a desastres está sendo estruturado, buscando desenvolver ferramentas para identificar e alertar sobre eventos climáticos potencialmente catastróficos. Esse projeto será financiado em R$ 2,5 milhões pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e priorizará cidades como Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
A memória das trágicas consequências da tempestade que atingiu São Sebastião em fevereiro de 2023, onde 64 vidas foram perdidas devido a deslizamentos, ainda é forte. Naquele evento, chuvas históricas de mais de 600 milímetros em apenas 24 horas foram registradas, um recorde que choca.
A estrutura de monitoramento que será apresentada conta com uma sala equipada com múltiplas telas que fornecerão dados em tempo real, monitorando áreas de risco. Essa tecnologia integra informações de satélites e outros sistemas meteorológicos, criando um painel abrangente e informativo.
Além de reunir dados de fontes globais, o sistema também possui uma capacidade própria de coleta de informações, essencial para aprimorar políticas públicas de mitigação e enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas. Com dados restritos a desenvolvedores e parceiros no início, o governo já considera abrir o acesso ao público em um futuro próximo.
Uma funcionalidade interessante do sistema permite acesso a informações sobre eventos climáticos passados, contabilizando cerca de 66 mil ocorrências no estado entre 1991 e 2022. Este mecanismo de busca, alimentado até por robôs em matérias jornalísticas, será fundamental para identificar áreas que demandam intervenção prioritária e efetiva para a redução de riscos.