Saúde

Alerta em São Vicente (SP): 4.239 Casos de Gastroenterite em Apenas Uma Semana!

2025-01-08

Autor: Carolina

Entre os dias 30 de dezembro de 2024 e 5 de janeiro de 2025, São Vicente, na Baixada Santista, enfrentou uma epidemia de gastroenterite, com 4.239 pessoas buscando atendimento com sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e cólicas. Este número alarmante é maior do que o total de 3.411 atendimentos registrados nos meses de novembro (1.657) e dezembro (1.754).

A Secretaria de Saúde local tranquilizou a população ao afirmar que o cenário está sob controle e que não é necessária a implementação de um plano emergencial. Contudo, a situação ainda preocupa, uma vez que a cidade participou de uma reunião de emergência na última segunda-feira (6) com representantes da Secretaria de Estado da Saúde e vigilâncias epidemiológicas para discutir medidas contra o aumento dos casos.

Como parte das investigações, o governo de São Paulo aguarda os resultados de análises feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, que tentarão identificar a origem dos surtos, podendo ser vírus, bactérias ou parasitas. Esses dados são cruciais para evitar a propagação da doença.

Outras cidades da Baixada Santista também apresentaram aumento no número de atendimentos por gastroenterite. Em Santos, as três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) relataram um crescimento nas consultas, somando 2.147 atendimentos em novembro e 2.264 em dezembro. Entre 1º e 6 de janeiro, as UPAs atenderam 1.339 pessoas, representando 59,1% dos atendimentos do mês anterior.

Na Santa Casa de Santos, os números foram semelhantes, com 622 e 567 atendimentos nos meses anteriores, e 412 pacientes atendidos nos primeiros cinco dias de janeiro. Em Itanhaém, o cenário não foi diferente, com uma média de 229 atendimentos diários registrados, totalizando 1.145 nos primeiros cinco dias do ano, superando os 790 atendimentos de dezembro.

Mongaguá também se viu em uma situação alarmante, registrando 1.783 atendimentos entre 23 de dezembro e 4 de janeiro. Segundo a Prefeitura local, a alta na procura foi identificada a partir de 30 de dezembro, mas os números começaram a cair rapidamente no dia 4 de janeiro.

A Prefeitura de Guarujá informou que os atendimentos relativos a viroses já estão voltando ao normal, após um período de picos de demanda. Para lidar com essa crise, a Secretaria Municipal da Saúde precisou ampliar a infraestrutura nas UPAs Enseada e Rodoviária, além de estender o horário de funcionamento de outras três unidades.

É importante saber quando procurar uma emergência. Casos leves podem ser tratados em casa com hidratação e medicamentos para enjoo. No entanto, grupos de risco, como crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas, devem buscar atendimento médico imediato, especialmente se não houver melhora após tratamento inicial.

A orientação é de que, se os sintomas persistirem ou se intensificarem mesmo após a administração de medicamentos caseiros, uma visita ao hospital é essencial. Especialistas alertam para a importância da prevenção e do diagnóstico rápido para evitar complicações mais sérias que podem advir da gastroenterite.