Covid-19 Ainda em Circulação

Em um alerta importante, Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), declarou que a Covid-19 não sumiu. Durante a 27ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada em São Paulo, ele destacou que, embora o impacto atual seja menor que durante o auge da pandemia, os casos continuam aumentando em diversas cidades brasileiras.

Grupos Vulneráveis em Risco

Segundo Chebabo, crianças menores de 2 anos, que não foram expostas ao vírus, estão especialmente em risco. A falta de vacinação para esse grupo pode resultar em complicações graves e internações, semelhantes às observadas durante os momentos mais críticos da pandemia. Recentemente, 82 crianças faleceram devido à Covid-19, um número alarmante para uma doença que é, em grande parte, evitável por vacina.

Idosos e Gestantes Também em Situação Crítica

Os idosos acima de 60 anos e as gestantes são outros grupos considerados de alto risco. Com a imunidade naturalmente em declínio, os idosos enfrentam maiores chances de complicações e óbitos. As gestantes, ao serem vacinadas, não apenas se protegem, mas também protegem seus bebês até que possam receber suas vacinas.

Teste e Saúde Pública: Medidas Essenciais

Embora para muitas pessoas a Covid-19 se assemelhe a outros vírus sazonais, Chebabo enfatizou a importância da testagem, especialmente para grupos em risco. Ele recomenda que idosos e imunossuprimidos realizem testes regularmente, a fim de evitar complicações e internações.

Vacinas Combinadas: Uma Possibilidade Futura?

O professor Expedito Luna, da USP, informou que a ciência está debatendo a possibilidade de combinar as vacinas contra a gripe e a Covid-19. No entanto, devido ao comportamento sazonal da gripe e à alta taxa de mutação do SARS-CoV-2, essa combinação ainda enfrenta desafios.

Aumento de Casos e Mudanças de Comportamento no Inverno

Dados recentes da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) mostram que o Brasil viu um aumento significativo nos casos de Covid-19 nas últimas semanas, com a taxa de positividade atingindo 13,2%, o maior desde março. Segundo o patologista Alex Galoro, esse aumento ocorre devido à queda na imunidade natural e ao surgimento de novas variantes.

Com as infecções respiratórias apresentando ciclos influenciados pelo clima e pela imunização da população, a chegada do inverno pode intensificar a transmissão em ambientes fechados. No entanto, a imunidade já adquirida, tanto por infecções anteriores quanto por vacinas, ainda ajuda a mitigar surtos mais severos.