Neste domingo, a Air France interrompeu temporariamente os sobrevoos sobre o Mar Vermelho após a tripulação de uma de suas aeronaves relatar a observação de um "objeto luminoso" na região do Sudão. A empresa justificou sua decisão mencionando a importância da segurança e afirmou que a suspensão se manterá "até nova ordem".

Em um comunicado à agência de notícias AFP, a Air France esclareceu: "Decidimos, por princípio de precaução, suspender os sobrevoos na área do Mar Vermelho, em decorrência da avistamento de um objeto luminoso a grande altitude". Como consequência, diversos voos tiveram seus itinerários alterados e alguns aviões foram obrigados a retornar aos seus aeroportos de origem para pousos seguros.

Uma fonte do setor aéreo destacou que a Air France é a única companhia aérea que adotou essa medida preventiva até o momento, informando que o espaço aéreo na área não foi oficialmente fechado.

Essa decisão ocorre em um contexto de crescentes tensões na região, particularmente desde novembro de 2023, quando os rebeldes huthis do Iémen intensificaram seus ataques com mísseis e drones contra embarcações que consideram associadas a Israel. Esses ataques foram interpretados como uma demonstração de solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza, que enfrentam um conflito complexa e violento com Israel e o Hamas desde o início de outubro de 2023.

Além disso, a situação geopolítica na região se mantém volátil, levando a preocupações internacionais sobre a segurança nos céus do Oriente Médio. A ONU expressou sua preocupação com a situação, enquanto líderes de várias nações estão em alerta para evitar uma escalada que possa afetar a navegação aérea e marítima.

Com a proibição temporária da Air France, a pergunta que fica é: quais outros desdobramentos podemos esperar no cenário aéreo sobre uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo?