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"Ainda Estou Aqui": O Filme que Desafia a Repressão e Reconhece as Lutas Femininas

2025-01-19

Autor: Julia

O aclamado filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, tem recebido reconhecimento internacional, sendo destacado até mesmo pelo Los Angeles Times como um contraponto à presidência repressiva de Jair Bolsonaro. O jornalista Carlos Aguilar elogiou a obra, enfatizando a importância da memória histórica na luta contra a ditadura militar no Brasil.

Fernanda Torres, estrela do longa e vencedora do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz de drama, vive Eunice Paiva, uma advogada corajosa que representa as mulheres que desafiaram a opressão durante um período sombrio da história brasileira. A crítica destaca a profundidade e a sutileza da atuação de Torres, que retrata a luta diária de uma mãe em busca de justiça e esperança em meio ao desespero.

Aguilar descreve a performance de Torres como repleta de "coragem discreta", ressaltando sua habilidade em transmitir a angústia contida de sua personagem. Essa representação humana e sensível contrasta com a brutalidade da época retratada, oferecendo ao público um olhar mais próximo sobre as experiências vividas por muitas famílias brasileiras.

O filme não só conquistou públicos no Brasil, mas também fora do país, tornando-se a maior bilheteira nacional desde o início da pandemia. Além disso, o trabalho de Salles foi amplamente elogiado por sua abordagem cuidadosa e dignificadora da temática, dentro de um cenário político e social ainda repleto de desafios.

Enquanto as críticas elogiosas se acumulam, também surgiram vozes críticas, como a do tradicional jornal francês Le Monde, que desencadeou um furor nas redes sociais brasileiras ao desmerecer o longa e a atuação de Fernanda Torres, classificando-a como "monocórdica". A nota 1 dada pela publicação foi considerada um claro ataque, gerando indignação entre os fãs e ativistas que defendem a importância da obra como uma reflexão profunda sobre os traumas do passado e a luta pela justiça.

A resposta negativa à crítica do Le Monde reflete a resiliência da comunidade cultural brasileira, que se uniu para defender o filme e sua mensagem impactante. "Ainda Estou Aqui" permanece como um importante símbolo da resistência e da luta pelos direitos humanos, trazendo à tona questões relevantes que ainda ecoam na sociedade contemporânea.

Com o crescimento do reconhecimento internacional, o filme se torna um forte candidato a futuras premiações, reforçando a importância de narrativas que abordam a realidade da repressão e exaltam a resistência feminina em momentos de crise. Não deixe de conferir essa obra que promete emocionar e provocar reflexões profundas sobre o legado da luta pela liberdade no Brasil.