Nação

Afastamento de Secretário de Educação de BH por Envolvimento em Esquema Bilionário Choca Minas Gerais!

2025-04-03

Autor: Julia

BRASÍLIA – O escândalo abalou as estruturas da educação de Belo Horizonte (MG) nesta quinta-feira (3), quando Bruno Barral, o secretário de Educação da cidade, foi afastado por determinação do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo? O envolvimento em um esquema de corrupção que movimentou a alarmante cifra de R$ 1,4 bilhão.

Bruno Barral é um dos principais alvos da Polícia Federal na terceira fase da Operação Overclean, que visa desarticular uma rede de desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo emendas parlamentares e convênios fraudulentos. A operação está em plena atuação e promete mais revelações.

Na última terça-feira, agentes da PF realizaram 16 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Belo Horizonte, Salvador (BA), São Paulo (SP) e Aracaju (SE). O que foi encontrado na residência do secretário é de deixar qualquer um estarrecido: maços de dólares e euros, joias, um carro de luxo, entre outros itens que fazem parte de um dossiê comprometedor.

Dentre os itens apreendidos, estão: - R$ 11.550 em notas de dólares - R$ 7.090 em notas de euros - R$ 7.000 em reais - 1 relógio de luxo - 1 corrente de ouro - 1 carro modelo Corolla - Pen drives e smartphones

Barral foi nomeado secretário em abril de 2024 e já carrega uma polêmica nas costas: ele é dono de uma empresa que é ré na Justiça da Bahia por danos ao erário em Santo Antônio de Jesus (BA). Um contrato de R$ 300 mil, assinado sem licitação com a prefeitura local, está sendo alvo de investigação por improbidade administrativa, por supostos serviços de assessoria na área educacional.

Melhor ainda, o contrato entre Bruno Oitaven Barral Ltda. e a prefeitura de Santo Antônio de Jesus foi suspenso desde fevereiro de 2023, e o juiz responsável ordenou a paralisação dos pagamentos, sob pena de multa diária. Em resposta, Barral limitou-se a dizer que a empresa e o município já apresentaram suas defesas e que aguarda a decisão definitiva da Justiça.

Enquanto isso, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), garantiu que Barral não receberá tratamento especial na gestão municipal, ressaltando que o envolvimento do secretário com projetos na Bahia não justifica impunidade: "Ninguém passará a mão na cabeça do secretário aqui na cidade".

Mas a trama se complica: a Operação Overclean está sendo realizada pela PF em cooperação com a Controladoria-Geral da União (CGU), investigando um desvio de recursos públicos, e o esquema é supostamente comandado por Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo". Ele estaria colaborando com políticos para desbloquear contratos públicos, levantando suspeitas sobre uma vasta rede de corrupção.

Com a movimentação de R$ 1,4 bilhão através de contratos fraudulentos, seria possível que o esquema envolvesse ainda maior número de autoridades e empresários. Marcos Moura, profundamente envolvido com limpezas urbanas na Bahia, já teve prisão preventiva decretada na operação anterior que culminou com sua libertação a partir de uma decisão do Tribunal Regional Federal.

As investigações também revelaram que o relatório sobre desvios de emendas parlamentares do Departamento Nacional de Obras contra as Secas foi enviado ao STF, envolvendo políticos de alta patente, como Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara. O “Rei do Lixo” e seus associados podem estar em sérios apuros.

Se a Operação Overclean já deixou marcas profundas na política de Minas Gerais, as próximas semanas prometem revelar ainda mais casos de corrupção que podem sacudir todo o Brasil. Fique atento para mais atualizações sobre esta história intrigante!