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Advogado da Meta renuncia e critica Zuckerberg: "Neonazista"

2025-01-16

Autor: Julia

Mark Lemley, advogado que atuava em um caso de propriedade intelectual da Meta, surpreendeu a todos ao anunciar sua saída e afirmar que "demitiu a Meta". Em uma postagem em seu perfil no LinkedIn, Lemley expressou sua indignação após Mark Zuckerberg ter se alinhado com o que ele chamou de "masculinidade tóxica e loucuras neonazistas".

Segundo Lemley, ele estava lutando para encontrar uma maneira de responder à mudança de comportamento de Zuckerberg e declarou: "Embora eu tenha considerado deixar o Facebook, eu valorizo muito as conexões e amizades que fiz aqui. Decidi permanecer, mas com algumas mudanças em meu comportamento".

Entre as ações que ele declarou tomar incluem: 1. Desativar sua conta no Threads, considerá-lo um reflexo de uma rede que se parece mais com o Twitter sob a gestão de Elon Musk. 2. Parar de comprar através de anúncios no Facebook ou Instagram, acessando diretamente os sites de compras no futuro. 3. Renunciar o trabalho como advogado da Meta, mesmo acreditando que estão do lado certo em disputas de direitos autorais envolvendo inteligência artificial.

A revolta de Lemley vem em um contexto onde Zuckerberg tem gerado polêmica por suas recentes declarações acerca da "energias masculinas" nas empresas, alinhando-se com ideais conservadores. Durante uma aparição no popular podcast "The Joe Rogan Experience", Zuckerberg afirmou que acredita que a "energia masculina" é necessária no ambiente corporativo, desconsiderando o papel da diversidade de gênero.

Essas declarações têm provocado debates acalorados sobre o papel das redes sociais na disseminação de ideais negativos. O clima entre os direitos humanos e a luta contra discursos de ódio se torna ainda mais tenso, especialmente com o fortalecimento de ideias extremistas em várias partes do mundo.

Marcando uma clara transição de ideais, Zuckerberg não hesitou em relembrar suas experiências na Universidade de Harvard, onde analisava a atratividade de mulheres, enquanto mencionava ter três filhas, indicando que isso poderia de alguma forma validar suas opiniões.

Esse episódio, combinado com a decisão de Lemley, pode sinalizar uma mudança significativa na dinâmica e cultura dentro da Meta, que continua sendo observada de perto por críticos e defensores da igualdade e inclusão.